Alta de Chicago deve sustentar preços internos da soja

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     Porto Alegre, 8 de outubro de 2020 – O mercado brasileiro de soja deve seguir com cotações firmes, mas com poucos negócios nesta quinta. A alta dos contratos futuros em Chicago deve sustentar os preços. Mas a movimentação deverá ser pontual e privilegiando a venda futura, já que quase não há mais soja disponível.

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     Os preços da soja oscilaram entre estáveis e mais altos nas principais regiões do Brasil na quarta. A movimentação seguiu restrita e envolvendo vendas antecipadas. No disponível, cotações apenas nominais. O dólar subiu, assim como as primeiras posições em Chicago, assegurando a elevação dos referenciais domésticos.

     Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos subiu de R$ 158,00 para R$ 159,00. Na região das Missões, a cotação também avançou de R$ 158,00 para R$ 159,00. No porto de Rio Grande, o preço passou de R$ 153,00 para R$ 154,00.

     Em Cascavel, no Paraná, o preço ficou em R$ 160,00 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca avançou de R$ 150,00 para R$ 152,00.

     Em Rondonópolis (MT), a saca seguiu em R$ 162,00. Em Dourados (MS), a cotação avançou de R$ 157,00 para R$ 158,00. Em Rio Verde (GO), a saca aumentou de R$ 155,00 para R$ 156,00.

CONAB

* A produção brasileira de soja deverá totalizar 133,673 milhões de toneladas na temporada 2020/21, com aumento de 7,1% na comparação com a temporada anterior, quando foram colhidas 124,845 milhões de toneladas. A projeção faz parte do primeiro levantamento de acompanhamento da safra brasileira de grãos, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

* A Conab trabalha com uma área de 37,882 milhões de hectares, com elevação de 2,5% sobre o ano anterior, quando foram cultivados 36,949 milhões de hectares. A produtividade teve sua previsão elevada de 3.379 quilos para 3.529 quilos por hectare, com variação de 4,4%.

* Pelo lado da demanda, espera-se que as exportações em 2021 atinjam um número acima de 85 milhões de toneladas, aumento de 3,7% em relação à última previsão de exportações divulgada pela Conab para 2020, motivado pelo forte percentual comercializado, até o momento, e à elevada demanda

internacional.

* O consumo doméstico deverá se manter elevado, motivado pela recuperação da economia brasileira em 2021, aumento da produção de carnes para exportação e do uso de soja na composição do biodiesel, que deverá seguir a programação de 12% (B12) e para 13% (B13).

CHICAGO

* Os contratos com vencimento em novembro registram alta de 1,11%, cotado a US$ 10,62 3/4 por bushel.

* O mercado segue buscando suporte no déficit hídrico, que atrasa o plantio da soja no Brasil, além da boa demanda pelo produto norte-americano.

* As exportações líquidas norte-americanas de soja, referentes à temporada 2020/21, com início em 1 de setembro, ficaram em 2.590.700 toneladas na semana encerrada em 1 de outubro. A China liderou as importações, com 1.538.100 toneladas.

* Os analistas esperavam exportações entre 1,5 milhão e 2,2 milhões de toneladas. As informações foram divulgadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

USDA

* O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) deverá reduzir a sua estimativa para a safra de soja dos Estados Unidos em 2020/21. O relatório de outubro do Departamento será divulgado às 13hs da sexta.

* Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em safra de 4,292 bilhões de bushels. Em setembro, o número era de 4,313 bilhões. Na temporada passada, a safra ficou em 3,552 bilhões de bushels.

* Para os estoques de passagem, a aposta é de 360 milhões de bushels para 2020/21. Em setembro, o número ficou em 460 milhões.

* A previsão para os estoques finais globais em 2020/21 é de 90,9 milhões de toneladas, contra 93,6 milhões projetados no mês passado. Para 2019/20, o USDA deverá reduzir a estimativa de 96 milhões para 94,7 milhões de toneladas.

PREMIOS

* O prêmio em Paranaguá para outubro ficou em200 a 230 pontos acima de Chicago. Para novembro, o prêmio é de 200 a 230 pontos acima.

CÂMBIO

* O dólar comercial opera com perda de 0,10% neste momento, cotado a R$ 5,63.

INDICADORES FINANCEIROS

* As principais bolsas da Ásia encerraram em alta. Xangai, feriado. Tóquio, +0,96%.

* As principais bolsas na Europa operam em alta. Paris, +0,52%; Frankfurt, +0,71%; Londres, +0,56%.

* O petróleo opera com ganhos. Novembro do WTI em NY: US$ 40,82 o barril (+2,17%).

* O Dollar Index registra alta de 0,02%, a 93,65 pontos.

AGENDA

– Dados de desenvolvimento das lavouras argentinas – Bolsa de Cereais de Buenos Aires, 15hs.

– Dados das lavouras no Rio Grande do Sul – Emater, na parte da tarde.

—–Sexta-feira (09/10)

– Coreia do Sul: A bolsa de Seul permanece fechada devido a um feriado.  

– Reino Unido:  A balança comercial de agosto será publicada às 3h pelo departamento de estatísticas.

– Reino Unido: O índice de produção industrial de agosto será publicado às 3h pelo departamento de estatísticas.

– Dados do desenvolvimento das lavouras da Argentina – Ministério da Agricultura, no início do dia.

– INPC e IPCA de setembro – IBGE, 9hs.

– Relatório de outubro para oferta e demanda mundial e norte-americana de grãos – USDA, 13hs.

– Dados de desenvolvimento das lavouras do Mato Grosso – IMEA, na parte da tarde.

– Levantamento sobre a evoluções do plantio de soja no Brasil – SAFRAS, na parte da tarde.

     Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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