Boi gordo tem alta modesta nos preços, mas ainda sem espaço para correção

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     Porto Alegre, 14 de agosto de 2020 – O mercado físico de boi gordo registrou altas moderadas nos nos preços ao longo desta semana. “O ambiente de negócios permaneceu firme, mas em São Paulo alguns frigoríficos sinalizaram para uma posição mais confortável em suas escalas de abate. Mesmo assim, não há grande espaço para queda dos preços, uma vez que a oferta de animais terminados e prontos para o abate permanece restrita”, disse o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias.

    Segundo ele, algumas unidades frigoríficas contam com a incidência de boiadas negociadas na modalidade à termo, além da utilização de confinamento próprio para suprir suas necessidades.

    “A demanda doméstica de carne bovina foi muito expressiva ao longo da primeira quinzena do mês, com um resultado positivo das vendas no varejo durante o final de semana do Dia dos Pais. Por sua vez, as exportações permanecem em bom nível, com a China ainda atuando de maneira bastante enfática no mercado”, assinalou Iglesias.

     Com isso, os preços a arroba do boi gordo na modalidade à prazo nas principais praças de comercialização do País estavam assim no dia 13 de agosto:

* São Paulo (Capital) – R$ 228,00 a arroba, contra R$ 226,00 a arroba em 06 de agosto (+0,88%).

* Goiás (Goiânia) – R$ 221,00 a arroba, ante R$ 220,00 a arroba (+0,45%).

* Minas Gerais (Uberaba) – R$ 227,00 a arroba, ante R$ 223,00 a arroba, subindo 1,8%.

* Mato Grosso do Sul (Dourados) – R$ 221,00 a arroba, ante R$ 220,00 a arroba (+0,45%).

* Mato Grosso (Cuiabá) – R$ 210,00 a arroba, contra R$ 207,00 a arroba (+1,45%).

Exportação

     As exportações de carne bovina fresca, refrigerada ou congelada do Brasil renderam US$ 177,817 milhões em agosto (5 dias úteis), com média diária de US$ 35,563 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 44,062 mil toneladas, com média diária de 8,812 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.035,60. Na comparação com agosto de 2019, houve ganho de 38,75% no valor médio diário, alta de 43,50% na quantidade média diária e queda de 3,32% no preço médio. Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior.

     Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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