Boi gordo teve preços pouco alterados e vendas ainda tímidas na semana

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     Porto Alegre, 15 de maio de 2020 – O mercado físico do boi gordo teve preços pouco alterados nesta semana. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, os frigoríficos operaram com escalas de abate curtas, estratégia adotada diante das incertezas em relação à demanda de carne bovina com as políticas de distanciamento social vigentes em grandes centros consumidores afetando drasticamente as vendas.

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     “Alguns frigoríficos tentaram pressionar os pecuaristas por preços mais baixos para as boiadas, o que atrapalhou o fluxo de negócios. Enquanto isso, os animais que cumprem os requisitos para exportação à China garantem ágio de até R$ 10,00 por arroba em relação ao boi comum”, assinalou.

     No atacado, o escoamento da carne, principalmente os cortes nobres, ainda ocorre de forma demasiadamente lenta, enquanto as exportações para a China vão garantindo a rentabilidade e um alivio para os frigoríficos.

    Com isso, os preços a arroba do boi gordo na modalidade à prazo nas principais praças de comercialização do País estavam assim no dia 14 de maio:

* São Paulo (Capital) – R$ 193,00 a arroba, estáveis na comparação com 07 de maio.

* Goiás (Goiânia) – R$ 180,00 a arroba, inalterado.

* Minas Gerais (Uberaba) – R$ 185,00 a arroba, contra R$ 184,00 a arroba (+0,54%).

* Mato Grosso do Sul (Dourados) – R$ 177,00 a arroba, contra R$ 178,00 a arroba (-0,56%).

* Mato Grosso (Cuiabá) – R$ 174,00 a arroba, ante R$ 175,00 a arroba (-0,57%).

Exportação

     As exportações de carne bovina fresca, refrigerada ou congelada do Brasil renderam US$ 235,210 milhões em maio (5 dias úteis), com média diária de US$ 47,041 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 53,502 mil toneladas, com média diária de 10,7 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.396,20. Na comparação com maio de 2019, houve ganho de 114,53% no valor médio diário, alta de 89,31% na quantidade média diária e avanço de 13,32% no preço médio. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

     Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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