Porto Alegre, 27 de março de 2020 – O superintendente técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Bruno Lucchi, afirmou que a entidade vai continuar trabalhando para garantir que não falte alimento na mesa do brasileiro durante este período de crise causado pelo novo coronavírus (Covid-19).
Thank you for reading this post, don't forget to subscribe!O superintendente participou, na sexta (27), de uma conversa ao vivo no Instagram da Confederação para esclarecer algumas questões sobre produção, distribuição de insumos, abastecimento de alimentos e o que está sendo feito para proteger os produtores. As informações partem da assessoria de comunicação da CNA.
Durante a transmissão online, Bruno citou as principais ações da CNA para reduzir os impactos na comercialização dos produtos agropecuários, como o trabalho feito junto ao governo para a edição da Medida Provisória 926 e do Decreto 10.282, que definem a alimentação como atividade essencial durante a quarentena.
“Nós sabíamos que se não houvesse um normativo legal para determinar que a alimentação fosse uma prioridade, todo o processo produtivo seria interrompido e muitos seriam prejudicados. O objetivo era que produtores, agroindústrias, fornecedores de insumos e transportadoras continuassem em pleno funcionamento”.
Ao citar as ações da entidade, o superintendente disse que há uma atenção especial aos setores que estão sendo afetados diretamente (leite e derivados, frutas, flores e hortaliças e crustáceos), pois vendem os produtos para feiras e restaurantes, que estão fechados em vários estados.
“Inicialmente o nosso trabalho foi apresentar ao Ministério da Agricultura (Mapa) uma série de medidas relacionadas ao crédito rural e à tributação. Uma delas foi a prorrogação automática de todos os tipos de financiamento, principalmente custeio e investimento. Outro ponto foi a suspensão de qualquer tipo de procedimento em que o produtor precise ir ao cartório ou agência bancária”.
Bruno também falou do Whatsapp disponibilizado pela CNA (61 93300-7278), um canal de comunicação direto com os produtores rurais para identificar problemas de saúde, logística, insumos e comercialização durante a pandemia. “A comercialização tem sido uma das principais queixas dos produtores. Muitos estão relatando perdas dos canais de venda e distribuição, redução de preços ou dificuldades com a logística”.
Segundo Lucchi, a CNA defende a urgência na aprovação do Projeto de Lei 786/2020, que prevê a distribuição de alimentos da merenda escolar às famílias de estudantes da rede pública, que tiveram as aulas suspensas. “A proposta é fundamental nesse momento de crise, pois beneficia os produtores que precisam continuar vendendo os produtos e as famílias que precisam de alimentos de qualidade”.
Ao falar sobre os impactos no consumo de alimentos, o superintende técnico destacou o aumento da demanda de ovos nas redes varejistas. “Isso é uma sinalização de que o ovo pode ser uma substituição de proteína de alto valor agregado nesse momento de crise econômica”.
Bruno finalizou a conversa dizendo que o setor agropecuário tem uma responsabilidade muito grande em continuar produzindo alimentos para a população brasileira. “Toda a cadeia produtiva é importante nesse momento. É hora de manter a tranquilidade e a organização para que os produtos cheguem à mesa de todos”.
Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Agência SAFRAS
Copyright 2020 – Grupo CMA