Com negócios mais acomodados, preços do suíno cedem no Brasil

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     Porto Alegre, 8 de outubro de 2021 – O mercado brasileiro de carne suína registrou negócios mais acomodados ao longo da primeira semana de outubro, com os frigoríficos atuando com cautela na aquisição dos animais para abate, o que contribuiu para um leve recuo nos preços.

     O analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia, destaca o setor projeta uma melhor retomada na demanda no curto prazo, com os consumidores melhor capitalizados pela entrada da massa salarial na economia. “Os suinocultores pleiteiam reajustes, avaliando que a oferta de suínos está equilibrada, também buscando uma reposição frente aos altos custos de produção”, pontua.

     Por outro lado, o entrave relacionado à carne bovina merece atenção, com a exportação brasileira para a China ainda travada. “Eventual aumento acentuado da oferta com queda de preços desta proteína pode afetar negativamente as concorrentes diretas, como a carne suína e a de frango”, alerta.

     Levantamento de SAFRAS & Mercado apontou que a média de preços do quilo do suíno vivo na região Centro-Sul do Brasil caiu 0,31% na semana, passando de R$ 6,58 para R$ 6,55. A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado retrocedeu 0,12%, de R$ 11,47 para R$ 11,46. A carcaça atingiu um valor médio de R$ 10,37, queda de 0,30% frente ao registrado na semana passada, de R$ 10,40.

     As exportações brasileiras de carne suína (incluindo todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 112,2 mil toneladas em setembro, recorde histórico nas exportações mensais do setor.  A informação é da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O número é 29,7% maior que o embarcado no mesmo período de 2020, com 86,5 mil toneladas, e supera a antiga marca mensal histórica alcançada pelo setor em março deste ano, de 109,2 mil toneladas.

     Em receita, as vendas de setembro geraram saldo de US$ 255,8 milhões, número 35,6% maior que o resultado alcançado no nono mês de 2020, com US$ 188,5 milhões.

     No acumulado do ano (janeiro a setembro), as exportações brasileiras de carne suína alcançaram 868,8 mil toneladas, volume 13,58% superior às 764,9 mil toneladas embarcadas em 2020. No mesmo período, as exportações de carne suína geraram receita de US$ 2,061 bilhões, desempenho 22,9% maior em relação ao US$ 1,677 bilhão registrado no ano passado.

     A análise semanal de preços de SAFRAS & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo seguiu em R$ 145,00. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo continuou em R$ 5,70. No interior do estado a cotação permaneceu em R$ 6,80.

     Em Santa Catarina o preço do quilo na integração se manteve em R$ 5,80. No interior catarinense, a cotação seguiu em R$ 6,90. No Paraná o quilo vivo mudou de R$ 6,90 para R$ 6,85 no mercado livre, enquanto na integração o quilo vivo prosseguiu em R$ 5,65.

     No Mato Grosso do Sul, a cotação em Campo Grande permaneceu R$ 6,20, enquanto na integração o preço continuou em R$ 5,60. Em Goiânia, o preço se manteve em R$ 7,30. No interior de Minas Gerais o quilo do suíno seguiu em R$ 7,30. No mercado independente mineiro, o preço caiu de R$ 7,70 para R$ 7,60. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis baixou de R$ 5,85 para R$ 5,80. Já na integração do estado o quilo vivo permaneceu em R$ 5,60.

     Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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