Com repasse de custos, preço do quilo vivo do frango avança no Brasil

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     Porto Alegre, 20 de novembro de 2020 – O mercado brasileiro de frango apresentou um movimento de alta nos preços do quilo vivo, com um repasse dos custos mais elevados da nutrição animal por parte dos produtores. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias, é possível que os preços avancem ainda mais no curto prazo, em linha com o ápice de consumo esperado até o encerramento do ano.

     No mercado atacadista, os preços não tiveram alterações no decorrer da semana, apesar da boa demanda registrada pelo frango como uma alternativa frente às elevadas cotações apresentadas pelas proteínas concorrentes. “A tendência é de que haja uma migração cada vez mais intensa por parte dos consumidores para a carne de frango”, comenta.

     De acordo com levantamento de SAFRAS & Mercado, no atacado de São Paulo os preços tiveram estabilidade para os cortes congelados de frango ao longo da semana. O quilo do peito no atacado seguiu em R$ 7,00, o quilo da coxa em R$ 7,40 e o quilo da asa em R$ 14,00. Na distribuição, o quilo do peito permaneceu em R$ 7,10, o quilo da coxa em R$ 7,60 e o quilo da asa em R$ 14,10.

     Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário também foi manutenção nos preços durante a semana. No atacado, o preço do quilo do peito continuou em R$ 7,10, o quilo da coxa em R$ 7,50 e o quilo da asa em R$ 14,10. Na distribuição, o preço do quilo do peito continuou em R$ 7,20, o quilo da coxa em R$ 7,70 e o quilo da asa em R$ 14,20.

     As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 220,437 milhões em novembro (9 dias úteis), com média diária de US$ 24,493 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 166,577 mil toneladas, com média diária de 18,508 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.323,30.

     Na comparação com novembro de 2019, houve baixa de 2,04% no valor médio diário, ganho de 18,20% na quantidade média diária e retração de 17,13% no preço médio. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

     O levantamento semanal realizado por SAFRAS & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo passou de R$ 4,30 para R$ 4,50. Em São Paulo o quilo vivo subiu de R$ 4,35 para R$ 4,55.

     Na integração catarinense a cotação do frango continuou em R$ 3,90. No oeste do Paraná o preço na integração passou de R$ 4,25 para R$ 4,40. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo aumentou de R$ 4,10 para R$ 4,45.

     No Mato Grosso do Sul o preço do quilo vivo do frango aumentou de R$ 4,20 para R$ 4,40. Em Goiás o quilo vivo avançou de R$ 4,20 para R$ 4,40. No Distrito Federal o quilo vivo subiu de R$ 4,25 para R$ 4,50.

     Em Pernambuco, o quilo vivo passou de R$ 5,10 para R$ 5,90. No Ceará a cotação do quilo subiu de R$ 5,10 para R$ 5,90 e, no Pará, o quilo vivo aumentou de R$ 5,30 para R$ 5,95.

     Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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