Demanda aquece e cotações do frango voltam a subir no Brasil

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     Porto Alegre, 12 de fevereiro de 2021 – O mercado brasileiro de frango voltou a apresentar alta em seus preços no decorrer da semana, em meio à melhora na demanda por parte dos consumidores. De acordo com o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias, novos reajustes são necessários para melhorar a margem operacional da atividade, muito pressionada em função dos acentuados custos de nutrição animal.

     Iglesias salienta que o mercado atacadista voltou a se deparar também com preços mais altos ao longo da semana. “Aparentemente esse movimento está atrelado a transferência da demanda que busca por proteínas mais acessíveis em um momento de descapitalização. Somado a isso, é importante ressaltar que os preços da carne bovina estão travados em um patamar muito proibitivo, o que, sem questionamentos, acentua esse processo de migração”, destaca.

     De acordo com levantamento de SAFRAS & Mercado, no atacado de São Paulo os preços tiveram algumas alterações para os cortes congelados de frango ao longo da semana. O quilo do peito no atacado passou de R$ 6,00 para R$ 6,75, o quilo da coxa de R$ 5,70 para R$ 6,15 e o quilo da asa de R$ 9,30 para R$ 9,80. Na distribuição, o quilo do peito subiu de R$ 6,15 para R$ 7,00, o quilo da coxa de R$ 5,90 para R$ 6,25 e quilo da asa de R$ 9,50 para R$ 10,00.

     Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário também foi modificações nos preços durante a semana. No atacado, o preço do quilo do peito avançou de R$ 6,10 para R$ 6,80, o quilo da coxa de R$ 5,80 para R$ 6,25 e o quilo da asa de R$ 9,40 para R$ 9,90. Na distribuição, o preço do quilo do peito aumentou de R$ 6,25 para R$ 7,10, o quilo da coxa recuou de R$ 6,00 para R$ 6,25 e o quilo da asa de R$ 9,60 para R$ 10,10.

     As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 134,169 milhões em fevereiro (5 dias úteis), com média diária de US$ 26,833 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 89,617 mil toneladas, com média diária de 17,923 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.497,10.

     Na comparação com fevereiro de 2020, houve queda de 5,67% no valor médio diário, perda de 1,51% na quantidade média diária e retração de 4,23% no preço médio. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

     O levantamento semanal realizado por SAFRAS & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo seguiu em R$ 4,25. Em São Paulo o quilo vivo passou de R$ 3,90 para R$ 4,20.

     Na integração catarinense a cotação do frango avançou de R$ 3,00 para R$ 3,30. No oeste do Paraná o preço na integração subiu de R$ 4,40 para R$ 4,60. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo mudou de R$ 4,00 para R$ 4,10.

     No Mato Grosso do Sul o preço do quilo vivo do frango seguiu em R$ 4,30. Em Goiás o quilo vivo se manteve em R$ 4,25. No Distrito Federal o quilo vivo continuou em R$ 4,25.

     Em Pernambuco, o quilo vivo avançou de R$ 5,00 para R$ 5,20. No Ceará a cotação do quilo passou de R$ 5,00 para R$ 5,20 e, no Pará, o quilo vivo aumentou de R$ 5,20 para R$ 5,40.

     Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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