Demanda e preocupação com safra sul-americana impulsionam soja em Chicago

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     Porto Alegre, 20 de janeiro de 2022 – Os contratos futuro da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quinta-feira com preços mais altos. O sentimento de boa demanda pela soja americana e as preocupações com o tamanho da safras na América do Sul deflagraram um intenso movimento de compras técnicas, colocando os preços perto das máximas do dia.

     Há rumores de compras chinesas de soja dos Estados Unidos. Nessa semana, números positivos de exportação e esmagamento americanos ajudaram na recuperação dos preços. Amanhã, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulga seu relatório semanal de vendas líquidas. O mercado aposta em um número entre 700 mil e 1,4 milhão de toneladas.

     As importações de soja dos Estados Unidos pela China dispararam em dezembro ante o mês anterior. Já as compras de produto do Brasil pela China caíram frente ao mês anterior.

     A China, maior compradora mundial de soja, trouxe 2,12 milhões de toneladas da oleaginosa do Brasil em dezembro, queda de 43% ante as 3,75 milhões de toneladas no mês anterior, segundo a Administração Geral da Alfândega. Ante igual mês do ano anterior, subiu 80%, quando somou 1,18 milhão de toneladas.

     Dos Estados Unidos, a China adquiriu 6,09 milhões de toneladas em novembro, aumento de 68% ante as 3,63 milhões de toneladas no mês anterior. Ante dezembro de 2020, ficaram 4% menores – 5,84 milhões de toneladas.

     O clima seco continua sendo motivo de preocupação para os produtores no sul do Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. O mercado avalia que a quebra no potencial produtivo da região possa ser ainda maior que as mais recentes projeções.

     Os contratos da soja em grão com entrega em março fecharam com alta de 34,50 centavos de dólar por bushel ou 2,47% a US$ 14,25 3/4 por bushel. A posição maio teve cotação de US$ 14,34 1/2 por bushel, com ganho de 33,75 centavos ou 2,4%.

     Nos subprodutos, a posição março do farelo fechou com alta de US$ 2,50 ou 0,62% a US$ 400,80 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em março fecharam a 62,88 centavos de dólar, com alta de 2,12 centavos ou 3,48%.

     Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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