Dólar fecha em alta de 2,24% diante de preocupação com coronavírus

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     Porto Alegre, 12 de junho de 2020 – O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 2,24%, sendo negociado a R$ 5,0460 para a venda, em dia de ajuste do câmbio diante do fechamento dos mercados ontem devido a um feriado. Nos Estados Unidos, ocorreu um aumento da preocupação com a volta do surto de coronavírus, após algumas regiões terem anunciado a reabertura de seus negócios.

   Isso fez com que integrantes do governo viessem a público dizer que, caso necessário, haverá mais estímulos e ajuda por parte do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). Segundo analistas de mercado, a dificuldade que os Estados Unidos têm enfrentado para se livrar do vírus e fazer a economia voltar a crescer tem preocupado os investidores.

   Ontem nos Estados Unidos, a onda de vendas foi motivada por notícias de aumento de casos do novo coronavírus em estados que haviam começado o processo de reabertura mais cedo – como o Texas, Arizona e Carolina do Sul -, e por discussões sobre retomar medidas de fechamento da economia em algumas regiões.

   “O dólar voltou a operar acima dos R$ 5,00 e deve seguir assim pelo menos até o encerramento da sessão de hoje. Por ser sexta-feira, dia tradicionalmente de cautela, e com os ajustes pela falta de mercado ontem, tudo isso mexe com o investidor. Ainda não podemos esquecer que a queda de ontem lá fora é pela temida retomada do aumento de casos de covid-19”, explicou um operador de mesa de operações de um grande banco.

   Os analistas da Commcor Corretora destacam que o aumento de casos de covid-19, que pressionou o dólar para cima frente a todas as divisas ontem, também “trouxe questionamentos sobre a viabilidade da reabertura em alguns Estados norte-americanos”. Na quinta-feira, os mercados de ações dos Estados Unidos tiveram o pior dia desde março, depois de uma sequência de alta, em meio ao aumento de casos em estados como Texas e Califórnia, que vinham retomando atividades. Na Europa, alguns países também começam a relatar aumento de casos novamente.

    As informações partem da Agência CMA.

Revisão: Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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