Dólar sobe e pode favorecer negócios com milho no Brasil

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     Porto Alegre, 30 de abril de 2020 – O mercado brasileiro de milho deve fechar o mês de abril de olho na alta do dólar frente ao real, o que pode favorecer uma maior movimentação de negócios na exportação. Preocupações envolvendo perdas na safrinha seguem influenciando o mercado doméstico, assim como o quadro de fraca liquidez. No cenário internacional, a Bolsa de Chicago opera estável, tentando buscar um direcionamento.

CHICAGO

* Os contratos com entrega em julho/20 operam com estabilidade em relação ao fechamento anterior, cotada a US$ 3,14 1/2 por bushel.

* O cereal chegou a ter ganhos mais cedo, mas as preocupações em torno da demanda para o etanol seguem pesando negativamente nos negócios. Nem mesmo as sólidas vendas semanais norte-americanas de milho e a boa alta do petróleo são suficientes para manter o mercado no território positivo.

* As vendas líquidas norte-americanas de milho para a temporada comercial 2019/20, que tem início no dia 1o de setembro, ficaram em 1.356.700 toneladas na semana encerrada em 23 de abril. Representa uma alta de 87% frente à semana anterior e uma elevação de 19% sobre à média das últimas quatro semanas. O México liderou as compras, com 544.700 toneladas.

* Para a temporada 2020/21, foram mais 339.000 toneladas. Os analistas esperavam exportações entre 500 mil e 1,450 milhão de toneladas, somando-se as duas temporadas. As informações são do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

* Ontem (29), os contratos de milho com entrega em julho fecharam a US$ 3,14 1/2, com alta de 2,50 centavos, ou 0,8%, em relação ao fechamento anterior.

CÂMBIO

* O dólar comercial registra alta de 1,06% a R$ 5,414.

INDICADORES FINANCEIROS

* As principais bolsas da Ásia fecharam em alta. Xangai, +1,33%; e Tóquio, +2,14%.

* As principais bolsas na Europa operam em baixa. Paris, -0,7%; Frankfurt, -1,04%; Londres, -1,36%.

* O petróleo opera com ganhos. Junho do WTI em NY: US$ 16,89 o barril (+12,21%).

* O Dollar Index registra baixa de 0,07%, a 99,50 pontos.

MERCADO

* O mercado brasileiro de milho apresentou preços pouco alterados nesta quarta-feira, mantendo a lentidão dos últimos dias. Segundo o consultor de SAFRAS & Mercado, Paulo Molinari, houve certo recuo das ofertas no Sudoeste e Centro-Oeste. Segue a preocupação com o clima para a safrinha no Paraná e Mato Grosso do Sul. No entanto, boa parte dos consumidores segue ausente, comenta.

* No Porto de Santos, o preço ficou entre R$ 47,00 e R$ 50,00 a saca. No Porto de Paranaguá (PR), preço entre R$ 46,00 e R$ 50,00 a saca.

* No Paraná, a cotação ficou em R$ 44,50/46,50 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 48,50/50,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 50,00/51,00 a saca.

* o Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 47,00/48,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 42,00/44,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 41,00 – R$ 42,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 42,00/43,00 a saca em Rondonópolis.

AGENDA

– Produção mundial de grãos – CIG, durante a manhã.

– Dados de desenvolvimento das lavouras argentinas – Bolsa de Cereais de Buenos Aires, 15hs.

– Dados das lavouras no Rio Grande do Sul – Emater, na parte da tarde.

– Dados do desenvolvimento das lavouras da Argentina – Ministério da Agricultura, no início do dia.

– Dados de desenvolvimento das lavouras do Mato Grosso – IMEA, na parte da tarde.

– Dados de colheita da soja no Brasil – SAFRAS & Mercado, na parte da tarde.

—–Sexta-feira (1/05)

– Feriado no Brasil – Dia do Trabalho

     Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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