Embargo saudita ao Brasil surpreende mercado de frango

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GRIPE AVIÁRIA

     Porto Alegre, 7 de maio de 2021 – O mercado brasileiro de carne de frango encerra a semana com uma notícia preocupante. O embargo anunciado pela Arábia Saudita a 11 plantas frigoríficas do Brasil surpreendeu o mercado. Para o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias, o maior impacto poderá ser sentido nas exportações, já que os sauditas estavam adquirindo bons volumes de carne de frango do país. “A Arábia Saudita é o segundo maior cliente do Brasil, somente atrás da China, respondendo atualmente por 12% do total das compras”, avalia.

     No que tange ao cenário da semana, o mercado indicou avanços nos preços. Iglesias destaca que, para o quilo vivo, esse movimento foi importante, avaliando o avanço dos custos de nutrição animal durante o primeiro semestre. “Mesmo com a alta dos preços a margem operacional permanece muito desgastada”, alerta.

     No mercado atacadista Iglesias ressalta que também houve avanço nos preços no decorrer da semana. “Este movimento está diretamente atrelado à entrada dos salários na economia, motivando a reposição entre o atacado e o varejo. Ainda há grande expectativa em relação ao consumo neste final de semana, em linha com o repique de demanda durante o Dia das Mães. A carne de frango ainda dispõe da predileção do consumidor médio, em linha com a atual situação macroeconômica”, detalha Iglesias.

     De acordo com levantamento semanal de SAFRAS & Mercado, no atacado de São Paulo os preços tiveram alterações para os cortes congelados de frango. No atacado, o preço do quilo do peito subiu de R$ 7,10 para R$ 7,30, o quilo da coxa de R$ 6,65 para R$ 6,90 e o quilo da asa de R$ 8,90 para R$ 9,50. Na distribuição, o preço do quilo do peito passou de R$ 7,30 para R$ 7,50, o quilo da coxa de R$ 6,85 para R$ 7,00 e o quilo da asa de R$ 9,10 para R$ 9,70.

     Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário também foi de mudanças dos preços durante a semana. No atacado, o preço do quilo do peito avançou de R$ 7,20 para R$ 7,40, o quilo da coxa de R$ 6,75 para R$ 7,00 e o quilo da asa de R$ 9,00 para R$ 9,60. Na distribuição, o preço do quilo do peito aumentou de R$ 7,40 para R$ 7,60, o quilo da coxa de R$ 6,95 para R$ 7,10 e o quilo da asa de R$ 9,20 para R$ 9,80.

     As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 547,964 milhões em abril (20 dias úteis), com média diária de US$ 27,398 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 362,774 mil toneladas, com média diária de 18,138 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.510,50.

     Na comparação com abril de 2020, houve alta de 15,29% no valor médio diário, ganho de 13,12% na quantidade média diária e avanço de 1,92% no preço médio. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

     O levantamento semanal realizado por SAFRAS & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo passou de R$ 4,60 para R$ 4,90. Em São Paulo o quilo vivo subiu de R$ 4,80 para R$ 5,00.

     Na integração catarinense a cotação do frango avançou de R$ 3,30 para R$ 3,50. No oeste do Paraná o preço subiu de R$ 4,80 para R$ 4,90. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo avançou de R$ 4,45 para R$ 4,70.

     No Mato Grosso do Sul o preço do quilo vivo do frango mudou de R$ 4,50 para R$ 4,80. Em Goiás o quilo vivo se aumentou de R$ 4,50 para R$ 4,80. No Distrito Federal o quilo vivo passou de R$ 4,60 para R$ 4,90.

     Em Pernambuco, o quilo vivo subiu de R$ 5,30 para R$ 5,50. No Ceará a cotação do quilo avançou de R$ 5,30 para R$ 5,50 e, no Pará, o quilo vivo mudou de R$ 5,50 para R$ 5,70.

     Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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