Frango do Brasil sofre restrições por contaminação com covid-19

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     Porto Alegre, 14 de agosto de 2020 – O mercado brasileiro de frango registrou uma semana positiva em âmbito doméstico, mas complicada no cenário internacional, com o movimento de restrições às importações devido a contaminação de um lote de asas de frango congelado de uma planta da Aurora importadas pela China com traços de coronavírus. Até a manhã desta sexta-feira, Hong Kong havia anunciado a proibição das importações da planta brasileira e as Filipinas havia comunicado uma proibição temporária às importações de frango do Brasil

     Em termos de mercado interno, o analista de SAFRAS & Mercado disse que o frango vivo apresentou preços mais altos na semana e a tendência de curto prazo remete à continuidade deste movimento. “O setor segue preocupado com os elevados custos de produção, puxados pelo milho e o farelo de soja, o que leva à busca por produtos substitutos, bem como agora com as restrições adotadas por importantes países importadores”, comenta.

     No mercado atacadista, os preços seguiram firmes ao longo da semana, com uma demanda bastante positiva. “O destaque ficou com o bom ritmo de vendas no final de semana do Dia dos Pais”, pontua.

     De acordo com levantamento de SAFRAS & Mercado, no atacado de São Paulo os preços tiveram alterações para os cortes congelados de frango ao longo da semana. O quilo do peito no atacado subiu de R$ 5,00 para R$ 5,15, o quilo da coxa de R$ 5,10 para R$ 5,30 e o quilo da asa de R$ 10,00 para R$ 10,40. Na distribuição, o quilo do peito passou de R$ 5,20 para R$ 5,25, o quilo da coxa de R$ 5,20 para R$ 5,40 e o quilo da asa de R$ 10,20 para R$ 10,60.

     Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário também foi de alta nos preços durante a semana. No atacado, o preço do quilo do peito passou de R$ 5,10 para R$ 5,25, o quilo da coxa de R$ 5,20 para R$ 5,40 e o quilo da asa de R$ 10,10 para R$ 10,50. Na distribuição, o preço do quilo do peito subiu de R$ 5,30 para R$ 5,35, o quilo da coxa de R$ 5,30 para R$ 5,50 e o quilo da asa de R$ 10,30 para R$ 10,70.

     As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 151,827 milhões em agosto (5 dias úteis), com média diária de US$ 30,365 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 117,390 mil toneladas, com média diária de 23,478 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.293,40.

     Na comparação com agosto de 2019, houve alta de 20,34% no valor médio diário, avanço de 54,40% na quantidade média diária e retração de 22,06% no preço médio. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

     O levantamento semanal realizado por SAFRAS & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo avançou de R$ 3,70 para R$ 3,90. Em São Paulo o quilo vivo continuou em R$ 3,65.

     Na integração catarinense a cotação do frango seguiu em R$ 3,00. No oeste do Paraná o preço na integração avançou de R$ 3,50 para R$ 3,60. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo aumentou de R$ 3,40 para R$ 3,50.

     No Mato Grosso do Sul o preço do quilo vivo do frango passou de R$ 3,65 para R$ 3,80. Em Goiás o quilo vivo subiu de R$ 3,65 para R$ 3,85. No Distrito Federal o quilo vivo subiu de R$ 3,65 para R$ 3,85.

     Em Pernambuco, o quilo vivo aumentou de R$ 4,45 para R$ 4,60. No Ceará a cotação do quilo vivo avançou de R$ 4,40 para R$ 4,60 e, no Pará, o quilo vivo passou de R$ 4,50 para R$ 4,70.

     Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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