Mercado brasileiro de café deve seguir lento nesta sexta-feira

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     Porto Alegre, 18 de dezembro de 2020 – O mercado brasileiro de café deve continuar em ritmo lento no Brasil nesta sexta-feira. Nova York e dólar operam em leve alta e podem dar sustentação aos preços, mas os compradores seguem de fora. O mercado já registra ritmo de final de ano.

     O mercado registrou preços pouco alterados nesta quinta-feira. A estabilidade de Nova York (ICE Futures US) deu o tom para as negociações no país. O dia foi de movimentação lenta, com o mercado interno andando de lado. Apenas demanda de exportadores mais necessitados para oferta para embarque. No restante, mercado bem devagar.

     No sul de Minas Gerais, o café arábica bebida boa com 15% de catação ncerrou o dia em R$ 595,00/600,00 a saca, estável. No cerrado mineiro, arábica bebida dura com 15% de catação teve preço de R$ 600,00/605,00 a saca, inalterado.

     Já o café arábica “rio” tipo 7 na Zona da Mata de Minas Gerais, com 20% de catação, teve preço de R$ 405,00/410,00 a saca, no comparativo com R$ 410,00/415,00 de ontem. O conilon tipo 7 em Vitória, Espírito Santo, teve preço de R$ 410,00/415,00 a saca, estável.

SAFRA 2021

* O potencial da produção brasileira de café 2021/22, que será colhida no próximo ano, deve ficar em 57,10 milhões de sacas, o que corresponde a uma quebra geral de 18% em relação à safra 2020/21, estimada em 69,5 milhões de sacas. A avaliação é de SAFRAS & Mercado, com impressões ainda preliminares sobre a produção do próximo ano, destacando que o clima pode agravar a queda na safra.

* Segundo o consultor de SAFRAS & Mercado, Gil Barabach, a produtividade alcançada no arábica nesse ano de 2020 deve causar forte estresse na planta e afetar negativamente a safra 2021 (bienalidade). “Já o atraso nas floradas junto com as temperaturas acima da média e as chuvas irregulares no pós-florada, o que trouxe muito abortamento, devem reforçar substancialmente o impacto negativo sobre a produção de arábica do próximo ano”, comenta.

* Os problemas são generalizados, mas Barabach indica que o quadro parece mais drástico na região do Sul de Minas Gerais, que responde por 40% da produção de arábica nacional, e sinaliza quebra potencial de 35%. A ideia preliminar é de uma quebra na produção nacional de arábica da ordem de 30%, o que derrubaria a produção para algo em torno de 35,20 milhões de sacas. “O aumento esperado na produção de conilon deve ajudar aliviar o impacto das perdas do arábica”, comenta.

NOVA YORK

* Os contratos com entrega em março registram valorização de 0,55% na Bolsa de Mercadorias de Nova York (ICE), cotados a 127,30 centavos de dólar por libra-peso.

* Os contratos com entrega em março/2021 fecharam a quinta-feira a 126,60 centavos de dólar por libra-peso, cotação estável.

CÂMBIO

* O dólar comercial registra valorização de 0,11% a R$ 5,086.

INDICADORES FINANCEIROS

* As principais bolsas da Ásia encerraram em baixa. Xangai, -0,29%. Tóquio, -0,16%.

* As principais bolsas na Europa operam em alta. Paris, +0,10%; e Londres, +0,30%.

* O petróleo opera em baixa. Janeiro do WTI em NY: US$ 48,34 o barril (-0,04%).

* O Dollar Index registra alta de 0,1%, a 89,91 pontos.

AGENDA

– Dados de desenvolvimento das lavouras do Mato Grosso – IMEA, na parte da tarde.

– Levantamento sobre a evolução do plantio de soja no Brasil – SAFRAS, na parte da tarde.

     Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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