Mercado de milho mantém lentidão com algumas regiões tendo menor oferta

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milho

     Porto Alegre, 17 de setembro de 2021 – O mercado brasileiro de milho, assim como no período anterior, teve uma semana de lentidão nos negócios. Em algumas regiões o mercado manteve pressão de oferta, pela entrada da safrinha, enquanto em outras a oferta já foi reduzida e as cotações avançaram um pouco, como foi o caso de São Paulo.

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     Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, a tendência é por um abastecimento complicado durante o último trimestre. Isso deve manter sustentação aos preços. O país teve uma safrinha extremamente prejudicada por estiagens e geadas e passada a sazonalidade de pressão da colheita, a oferta deve ser reduzida e as cotações podem voltar a subir.

     No balanço dos últimos sete dias, entre a quinta-feira (09 de setembro) e esta quinta-feira (16 de setembro), o milho em Campinas/CIF na venda subiu de R$ 95,00 para R$ 96,00 a saca, alta de 1,0%. Na região Mogiana paulista, o cereal se manteve estável em R$ 93,00 a saca.

    Em Cascavel, no Paraná, no comparativo semanal, o preço subiu de R$ 93,00 para R$ 96,00 a saca, alta de 3,2%. Em Rondonópolis, Mato Grosso, a cotação permaneceu estável em R$ 84,00. Já em Erechim, Rio Grande do Sul, o valor se manteve na venda em R$ 98,00.

     Em Uberlândia, Minas Gerais, a cotação recuou de R$ 96,00 para R$ 95,50 (-0,5%). E em Rio Verde, Goiás, o mercado caiu na venda de R$ 88,00 para R$ 84,00 a saca, baixa de 4,55%.

EXPORTAÇÕES

     As exportações de milho do Brasil apresentam receita de US$ 246,32 milhões em setembro (7 dias úteis), com média diária de US$ 35,19 milhões. A quantidade total de milho exportada pelo país ficou em 1,26 milhão de toneladas, com média de 179,95 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 195,50. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

     Em relação a setembro de 2020, houve baixa de 28,85% no valor médio diário da exportação, perda de 40,68% na quantidade média diária exportada e valorização de 19,95% no preço médio.

     Segundo levantamento semanal da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais

(ANEC), as exportações brasileiras de milho deverão ficar em 2,92 milhões de toneladas em setembro. Em setembro do ano passado, o Brasil exportou 5,76 milhões de toneladas. Em agosto, os embarques do cereal somaram 4,19 milhões de toneladas. As exportações do ano devem somar até 13,06 milhões de toneladas até o final deste mês.

     Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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