Mercado interno de café será influenciado por fatores conflitantes

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     Porto Alegre, 11 de março de 2021 – O mercado brasileiro de café será influenciado nesta quinta-feira por fatores conflitantes. Os preços do café avançam nas bolsas de Nova York e de Londres. Na primeira, os ganhos são até expressivos, próximos a 1%. Já o dólar volta a cair forte frente ao real, o que serve de contraponto ao preço interno da commodity.

     O mercado físico registrou preços estáveis nesta quarta-feira. Apesar do forte tombo do dólar no dia, a moeda americana segue em patamares elevados, o que terminou não afetando tanto as cotações do café no país. A volatilidade de Nova York, com a bolsa fechando em leve alta, também não mexeu com os valores da bebida.

     Com a forte queda do dólar e volatilidade da bolsa, o mercado foi lento na comercialização. Os compradores mostraram muita cautela no dia.

     No sul de Minas Gerais, o café arábica bebida boa com 15% de catação erminou o dia em R$ 730,00/735,00 a saca, estável. No cerrado mineiro, arábica bebida dura com 15% de catação teve preço de R$ 740,00/745,00, sem alterações.

     Já o café arábica “rio” tipo 7 na Zona da Mata de Minas Gerais, com 20% de catação, teve preço de R$ 520,00/525,00, estável. O conilon tipo 7 em Vitória, Espírito Santo, ficou em R$ 440,00/445,00 a saca, inalterado.

COMERCIALIZAÇÃO

* A comercialização da safra de café do Brasil 2020/21 (julho/junho) chega a 87% até o dia 09 de março. O dado faz parte de levantamento de SAFRAS & Mercado, que mostra que as vendas evoluíram em 4 pontos percentuais em relação ao mês anterior.

* As vendas estão levemente avançadas em relação ao ano passado, quando 86% da safra 2019/20 estava comercializada até então e também acima da média dos últimos 5 anos para o período, que é de 85%.

* Assim, já foram comercializadas 60,66 milhões de sacas de 60 quilos, tomando-se por base a estimativa de SAFRAS & Mercado, de uma safra 2020/21 de café brasileira de 69,5 milhões de sacas.

NOVA YORK

* Os contratos com entrega em maio registram valorização de 0,99% na Bolsa de Mercadorias de Nova York (ICE), cotados a 132,15 centavos de dólar por libra-peso.

* A posição maio fechou a 130,85 centavos de dólar por libra-peso nesta quarta-feira, com alta de 0,45 centavo, ou de 0,3%.

CÂMBIO

* O dólar comercial registra desvalorização de 0,86% a R$ 5,6060.

INDICADORES FINANCEIROS

* As principais bolsas da Ásia encerraram em alta. Xangai, +2,36%. Tóquio, +0,60%.

* As principais bolsas na Europa operam mistas. Paris, +0,16%; Frankfurt, +0,02%; e Londres, -0,12%.

* O petróleo opera em boa alta. Abril do WTI em NY: US$ 65,27 o barril (+1,28%).

* O Dollar Index registra baixa de 0,16%, a 91,680 pontos.

AGENDA

—–Quinta-feira (11/03)

– Exportações semanais de grãos dos EUA – USDA, 10h30min.

– Dados de desenvolvimento das lavouras argentinas – Bolsa de Cereais de Buenos Aires, 15hs.

– Dados das lavouras no Rio Grande do Sul – Emater, na parte da tarde.

—–Sexta-feira (12/03)

– Alemanha: A versão revisada do índice de preços ao consumidor de fevereiro será publicada às 4h pelo Destatis.

– Reino Unido: A balança comercial de janeiro será publicada às 4h pelo departamento de estatísticas.

– Reino Unido: A produção industrial de janeiro será publicada às 4h pelo departamento de estatísticas.

– Eurozona: A produção industrial de janeiro será publicada às 7h pela Eurostat.

– Dados do desenvolvimento das lavouras da Argentina – Ministério da Agricultura, no início do dia.

– EUA: O índice de preços ao produtor de fevereiro será publicado às 10h30 pelo Departamento do Trabalho.

– Dados de desenvolvimento das lavouras do Mato Grosso – IMEA, na parte da tarde.

– Evolução da colheita de soja no Brasil – SAFRAS, na parte da tarde.

     Rodrigo Ramos (rodrigo@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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