Mesmo com reposição, não há espaço para ajustes para carne suína no Brasil

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     Porto Alegre, 8 de janeiro de 2021 – A reposição ao longo da cadeia de carne suína apresentou ligeiro avanço na primeira semana do ano e com perspectiva positiva no curto prazo, considerando o ajuste de estoques após a boa demanda de fim de ano. Contudo, os cortes do atacado não conseguem encontrar espaço para reajustes. A avaliação é do analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia.

      Segundo ele, o perfil de consumo tende a ser mais comedido neste mês de janeiro com famílias mais endividadas. “O custo da nutrição animal segue preocupando os produtores. O quadro do milho tende a ser muito difícil ao longo dos próximos meses, avaliando a safra verão menor e logística concentrada no escoamento da soja”, explica.

      Dados da exportação e notícias relacionadas a China são fatores importantes a serem acompanhadas ao longo das próximas semanas. O país asiático vem citando que a recomposição do seu plantel ocorre de maneira acelerada que juntamente as questões do coronavírus geram grande temor ao redor do mundo.

     As vendas internacionais de carne suína (incluindo todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 1,021 milhão de toneladas nos 12 meses, número 36,1% superior ao registrado em 2019, quando foram exportadas 750,3 mil toneladas.

     A receita cambial das vendas chegou a US$ 2,270 bilhões, resultado 42,2% maior que o alcançado em 2019, com US$ 1,597 bilhão. Os números foram divulgados pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

     As exportações de carne suína totalizaram 80,3 mil toneladas em dezembro, volume 5,6% maior em relação às 76 mil toneladas embarcadas no mesmo período de 2019. Em receita, a alta é de 4,1%, com US$ 191,2 milhões no último mês de 2020, contra US$ 183,6 milhões em dezembro de 2019.

     Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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