Migração para outras carnes segura alta nos preços do boi gordo

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     Porto Alegre, 12 de fevereiro de 2021 – O mercado físico de boi gordo registrou preços de estáveis a mais altos nesta semana, depois dos recordes estabelecidos no início do mês. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, mesmo com uma maior fluidez dos negócios os frigoríficos não conseguem exercer pressão sobre o mercado, consequência de um ambiente ainda pautado pela restrição de oferta.

    “O grande limitador para movimentos mais agressivos de alta nos preços do boi gordo segue nas incertezas envolvendo a demanda, com os preços da carne bovina em um patamar bastante proibitivo para o consumidor médio. Esse quadro leva os frigoríficos a encontrarem dificuldade em repassar os custos da matéria-prima ao longo da cadeia produtiva”, assinalou Iglesias.

    Os números de exportação da primeira semana de fevereiro também deixaram o mercado em alerta, uma vez que a receita das exportações ainda oferece uma margem satisfatória aos frigoríficos habilitados a embarcar, principalmente para a China.

     Com isso, os preços a arroba do boi gordo na modalidade a prazo nas principais praças de comercialização do País estavam assim no dia 11 de fevereiro:

* São Paulo (Capital) – R$ 305,00 a arroba, estáveis na comparação com uma semana antes (05 de fevereiro).

* Minas Gerais (Uberaba) – R$ 302,00 a arroba, ante R$ 300,00 a arroba, subindo 0,68%.

* Goiânia (Goiás) – R$ 290,00 a arroba, inalterado.

* Mato Grosso do Sul (Dourados) – R$ 295,00 a arroba, estável.

* Mato Grosso (Cuiabá) – R$ 300,00 a arroba, contra R$ 295,00 a arroba (1,7%).

Exportação

   As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 106,562 milhões em fevereiro (5 dias úteis), com média diária de US$ 21,312 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 23,553 mil toneladas, com média diária de 4,710 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.524,30.

    Em relação a fevereiro de 2020, houve perda de 21,65% no valor médio diário da exportação, perda de 23,32% na quantidade média diária exportada e valorização de 2,17% no preço médio. Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior.

     Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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