Milho mantém cotações firmes no Brasil com oferta limitada

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     Porto Alegre, 24 de janeiro de 2020 – O mercado brasileiro de milho passou por mais uma semana de preços firmes. Predominaram cotações de estáveis a mais altas nas principais praças de comercialização. O quadro de oferta restrita por parte dos produtores voltou a garantir sustentação ao cereal.

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     Muitos compradores seguem tendo dificuldades na obtenção do milho nas regiões produtoras, com os vendedores segurando a oferta. Há a preocupação ainda com a logística. “A logística, principalmente no Centro-Oeste, será um complicador adicional com a intensificação da colheita da soja, com possível encarecimento do custo de frete”, comenta o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias.

     Como normalmente ocorre, os produtores vão focar na colheita e comercialização da soja, incluindo transporte, e o milho vai ser deixado “de lado”. Assim, a oferta tende a ser ainda mais limitada, trazendo suporte às cotações.

     No balanço semana, entre os dias 16 e 23 de janeiro, o preço médio do milho no Brasil avançou de R$ 48,99 a saca para R$ 49,26 a saca de 60 quilos, valorização de 0,54%.

     No Porto de Santos, na base de compra, o preço se manteve em R$ 50,00 a saca de 60 quilos no comparativo da semana.

     Já em Campinas/CIF, a cotação do milho, na base de venda, seguiu estável em R$ 53,00 a saca no comparativo dos últimos 7 dias.

     Em Cascavel, no Paraná, o valor do milho avançou de R$ 46,00 a saca na venda para R$ 47,00, alta de 2,2%. Em Rondonópolis, Mato Grosso, preço subiu de R$ 42,00 para R$ 43,00 a saca, elevação de 2,4%.

     Em Erechim, Rio Grande do Sul, o milho subiu de R$ 48,50 para R$ 50,00 a saca, valorização de 3,1%.

Exportações

     As exportações de milho do Brasil apresentaram receita de US$ 231,4 milhões em janeiro até o dia 19 (14 dias úteis), com média diária de US$ 19,3 milhões. A quantidade total de milho exportada pelo país ficou em 1,357 milhão de toneladas, com média de 113,1 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 170,50.

     Na comparação com a média diária de dezembro, houve uma retração de 46,1% no valor médio exportado, uma baixa de 45,6% na quantidade média diária e queda de 0,8% no preço médio. Na comparação com janeiro de 2019, houve perda de 35,6% no valor médio diário exportado, retração de 35,6% na quantidade média diária de volume e estabilidade no preço médio. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

     Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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