Milho registrou preços firmes em janeiro com oferta restrita

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     Porto Alegre, 31 de janeiro de 2020 – O mercado brasileiro de milho apresentou preços muito firmes em janeiro, avançando em relação a dezembro. O mercado nacional refletiu um cenário de oferta apertada em relação à demanda. Para fevereiro, o mercado pode manter um quadro de cotações sustentadas, dependendo e atento ao que ocorre no mundo com o Coronavírus.

     Segundo o consultor de SAFRAS & Mercado, Paulo Molinari, em janeiro o mercado brasileiro refletiu a exportação recorde de 2019, a retenção da oferta por parte do produtor e a quebra no Rio Grande do Sul. Esses fatores contribuíram para as altas observadas no período. Destaque para os embarques, que garantiram um bom escoamento da oferta. O clima seco nas lavouras gaúchas gerou quebra da safra.

     Outro aspecto de firmeza para os preços do milho é o encarecimento dos fretes com a concentração da logística na soja. Molinari destaca que em fevereiro evolui a colheita da soja e a tendência é os fretes e a logística se direcionarem mais à soja, o que pode fazer o milho manter a firmeza, sendo deixado um pouco de lado.

     Ele faz uma advertência na tendência para fevereiro diante da expansão do Coronavírus. “Contudo, o Coronavírus pode mudar o perfil da comercialização dependendo do andamento do quadro global”, pondera.

     No balanço mensal até esta quinta-feira, dia 30, o preço do milho em Campinas/CIF subiu de R$ 50,00 para R$ 53,00 a saca de 60 quilos na base de venda, alta de 6,00%. Na região Mogiana paulista, as cotações avançaram de R$ 47,50 para R$ 48,00, avanço de 1,05%.

     Em Cascavel, no Paraná, o preço subiu de R$ 45,00 para R$ 47,00 no balanço mensal na base de venda, elevação de 4,44%. Em Rondonópolis, Mato Grosso, a cotação passou de R$ 42,00 para R$ 44,00 a saca (+4,8%). Já em Erechim, Rio Grande do Sul, o preço subiu de R$ 47,00 para R$ 50,00, aumento de 6,4%.

     Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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