Moagem de cana cresce 12% na primeira quinzena de setembro – UNICA

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     Porto Alegre, 24 de setembro de 2020 – A quantidade de cana-de-açúcar processada pelas usinas do Centro-Sul totalizou 44,39 milhões de toneladas na 1ª metade de setembro, aumento de 12,08% sobre o volume apurado na mesma quinzena da safra 2019/2020. No acumulado desde o início do ciclo 2020/2021 até 16 de setembro, a moagem somou 459,45 milhões de toneladas – crescimento de 4,56% no comparativo com o mesmo período do último ciclo agrícola.

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     A recuperação da moagem na primeira quinzena de setembro em relação ao volume observado no final de agosto deste ano aconteceu principalmente no Paraná, Mato Grosso do Sul e nas regiões de Assis e Piracicaba, que foram as áreas mais impactadas pelas chuvas no mês anterior.

     O diretor técnico da UNICA, Antonio de Padua Rodrigues, destaca que “o clima seco dos últimos meses favoreceu a operacionalização da colheita e permitiu esse crescimento de 20 milhões de toneladas na moagem registrada até o momento. Apesar de não refletir a condição geral do Centro-Sul, já ouvimos relatos de empresas que estão avançando a área de colheita e processando cana-de-açúcar antes do período ideal, com possível prejuízo de produtividade e qualidade”.

     A qualidade da matéria-prima processada na primeira quinzena de setembro, mensurada a partir da concentração de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR), aumentou 3,15% atingindo 159,09 kg por tonelada em 2020 contra 154,23 kg verificados na mesma quinzena do último ano. No acumulado, o indicador assinala 141,24 kg de ATR por tonelada, com aumento de 4,49% em relação ao valor da safra 2019/2020.

     Em relação ao número de usinas em operação, 258 empresas registraram produção até dia 16 de setembro, ante 257 unidades industriais em igual data do último ano. Na primeira quinzena de setembro, 1 unidade de Goiás e 2 unidades de São Paulo já encerraram precocemente a safra 2020/2021.

Produção de açúcar e de etanol

     Reflexo da maior moagem, da melhor qualidade da cana-de-açúcar e do mix mais açucareiro, a produção de açúcar aumentou 55,96% nos 15 primeiros dias de setembro, com 3,18 milhões de toneladas fabricadas neste ano. No agregado desde o início da safra, a produção de açúcar atingiu 29,07 milhões de toneladas, ante 20,05 milhões de toneladas em igual período de 2019.

     Como reflexo, 47,01% da cana-de-açúcar foi destinada à produção de açúcar até o dia 16 de setembro, ante 35,43% registrados na mesma data de 2019.

    Rodrigues ressalta que “a mudança no mix de produção reflete a maior competitividade do adoçante brasileiro no mercado internacional. Com cerca de 75% da safra processada, a produção de açúcar apresenta aumento de 9,00 milhões de toneladas, sendo aproximadamente 6,8 milhões decorrentes da alteração do mix de produção e o restante do avanço de moagem e melhor qualidade da matéria-prima colhida”.

   O volume fabricado de etanol, por sua vez, registrou queda de 4,65% com um total de 2,29 bilhões de litros na primeira quinzena de setembro. Desse total, o volume de etanol anidro aumentou 9,01%, atingindo 745,37 milhões de litros. A produção quinzenal de hidratado apresentou queda de 10,07%, totalizando 1,54 bilhão de litros.

     No acumulado desde o início da safra até 16 de setembro, a produção de etanol alcançou 21,26 bilhões de litros, dos quais 14,90 bilhões de litros de etanol hidratado e 6,36 bilhões de litros de etanol anidro.

     Em relação ao etanol de milho, foram fabricados 99,88 milhões de litros na primeira metade de setembro de 2020. No agregado desde o início da safra 2020/201 até 16 de setembro, a produção somou 1,01 bilhão de litros, com um aumento de 94,47% sobre o volume apurado para o mesmo

período de 2019.

     A produção de etanol de milho tem apresentado crescimento e deve ampliar a oferta do biocombustível nos próximos meses de safra. “Uma mudança que observamos nessa quinzena, foi o maior direcionamento da matéria-prima para a fabricação de etanol anidro: a produção quinzenal de

anidro de milho chegou a 45,56 milhões de litros na primeira quinzena, contra cerca de 26 milhões de litros nas quinzenas anteriores”, esclareceu Rodrigues.

     As informações partem da assessoria de imprensa da UNICA.

Revisão: Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) – Agência SAFRAS

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