Oferta ajustada garante suporte às cotações do suíno no Brasil

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     Porto Alegre, 23 de julho de 2021 – O mercado brasileiro de suínos apresentou preços firmes no decorrer da semana, mesmo com a preocupação crescente devido à escalada nos custos da nutrição animal. De acordo com o analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia, o ambiente de negócios envolvendo animais para abate se mostrou ajustado, o que garantiu sustentação às cotações.

     O analista projeta que a reposição entre atacado e varejo tende a ser mais comedida até o fechamento do mês, podendo levar a um maior acirramento das tratativas entre frigoríficos e suinocultores. “Contudo, o alto preço da carne bovina e a diminuição do spread entre a carcaça suína e o frango congelado são fatores que podem ajudar no escoamento da proteína no período”, pontua.

     Levantamento de SAFRAS & Mercado apontou que a média de preços do quilo do suíno vivo na região Centro-Sul do Brasil subiu 2,43%, de R$ 6,19 para R$ 6,34. A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado avançou 3,03%, de R$ 11,30 para R$ 11,64. A carcaça registrou um valor médio de R$ 9,98, aumento de 3,77% frente ao valor registrado no começo do mês, de R$ 9,61.

     As exportações de carne suína fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 118,28 milhões em julho (12 dias úteis), com média diária de US$ 9,86 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 46,86 mil toneladas, com média diária de 3,9 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2.523,90.

     Em relação a julho de 2020, houve alta de 18,34% no valor médio diário da exportação, perda de 0,47% na quantidade média diária exportada e valorização de 18,9% no preço médio. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

     A análise semanal de preços de SAFRAS & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo seguiu em R$ 135,00. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo seguiu em R$ 5,70. No interior do estado a cotação mudou de R$ 6,25 para R$ 6,50.

     Em Santa Catarina o preço do quilo na integração seguiu em R$ 5,90. No interior catarinense, a cotação avançou de R$ 6,35 para R$ 6,65. No Paraná o quilo vivo mudou de R$ 6,20 para R$ 6,60 no mercado livre, enquanto na integração o quilo vivo permaneceu em R$ 5,65.

     No Mato Grosso do Sul, a cotação em Campo Grande elevou-se de R$ 5,60 para R$ 5,80, enquanto na integração o preço seguiu em R$ 5,70. Em Goiânia, o preço passou de R$ 6,80 para R$ 6,90. No interior de Minas Gerais o quilo do suíno aumentou de R$ 7,00 para R$ 7,10. No mercado independente mineiro, o preço continuou em R$ 7,20. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis subiu de R$ 5,50 para R$ 5,60. Já na integração do estado o quilo vivo se manteve em R$ 5,70.

     Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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