Oferta elevada pressiona cotações no mercado brasileiro de frango

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     Porto Alegre, 9 de abril de 2020 – A semana mais curta em decorrência do feriado de Páscoa acabou prejudicando uma tentativa de recuperação nos preços do frango. De acordo com o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias, a ampliação do alojamento de pintos de corte no primeiro bimestre trouxe como reflexo um aumento da disponibilidade interna, que está elevada frente à atual capacidade de demanda, o que acaba pressionado as cotações.

     Iglesias revela que o declínio nos preços do quilo vivo foi mais acentuado e aumenta a preocupação com relação a margem operacional da atividade, que segue negativa em diversos estados. “Apesar da recente queda dos preços do milho no mercado doméstico, os custos da nutrição animal seguem bastante elevados”, afirma.

     De acordo com levantamento de SAFRAS & Mercado, no atacado de São Paulo os preços tiveram algumas alterações para os cortes congelados de frango ao longo da semana. O quilo do peito no atacado seguiu em R$ 4,85, o quilo da coxa baixou de R$ 5,30 para R$ 5,10 e o quilo da asa retrocedeu de R$ 7,05 para R$ 7,00. Na distribuição, o quilo do peito continuou em R$ 4,95, o quilo da coxa recuou de R$ 5,50 para R$ 5,30 e o quilo da asa recuou de R$ 7,15 para R$ 7,10.

     Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário também foi de algumas alterações ao longo da semana. No atacado, o preço do quilo do peito continuou em R$ 4,95, o quilo da coxa caiu de R$ 5,40 para R$ 5,20 e o quilo da asa recuou de R$ 7,15 para R$ 7,10. Na distribuição, o preço do quilo do peito seguiu em R$ 5,05, o quilo da coxa retrocedeu de R$ 5,60 para R$ 5,40 e o quilo da asa baixou de R$ 7,25 para R$ 7,20.

     A receita diária média obtida com as exportações brasileiras de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas chegou a US$ 20,442 milhões na primeira semana de abril, entre os dias 01 e 05.

     Na comparação com a média diária de abril de 2019, de US$ 25,493 milhões, verifica-se queda de 19,81% no valor obtido diariamente pelas exportações de carne de frango.

     Com três dias úteis contabilizados em abril até o dia 05, foram exportadas 40,920 mil toneladas de carne de frango, com receita total de US$ 61,326 milhões e um preço médio de US$ 1.498,65 por tonelada. Os dados partem da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

     O levantamento semanal realizado por SAFRAS & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil indicou que, em Minas Gerais, o quilo vivo baixou de R$ 3,25 para R$ 3,00. Em São Paulo o quilo vivo retrocedeu de R$ 2,81 para R$ 2,30.

    Na integração catarinense a cotação do frango baixou de R$ 2,51 para R$ 2,50. No oeste do Paraná o preço caiu de R$ 3,23 para R$ 3,20. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo baixou de R$ 2,75 para R$ 2,70.

     No Mato Grosso do Sul o preço do quilo vivo do frango recuou de R$ 3,20 para R$ 2,90. Em Goiás o quilo vivo baixou de R$ 3,25 para R$ 2,95. No Distrito Federal o quilo vivo retrocedeu de R$ 3,25 para R$ 3,00.

     Em Pernambuco, o quilo vivo caiu de R$ 4,50 para R$ 4,40. No Ceará a cotação do quilo vivo recuou de R$ 4,50 para R$ 4,30 e, no Pará, o quilo vivo avançou de R$ 4,60 para R$ 4,45.

     Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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