Preço do frango volta a cair no atacado, mesmo com boa demanda

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     Porto Alegre, 24 de abril de 2020 – A avicultura de corte voltou a se deparar com um movimento de queda nos preços no mercado atacadista. De acordo com o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias, apesar das exportações continuarem em bom nível e do consumo seguir positivo no mercado interno, com as mudanças ocorridas em meio à pandemia de Covid-19, a oferta continua acima da capacidade de demanda, o que pressiona as cotações.

     Iglesias sinaliza que a rentabilidade da cadeia produtiva segue deteriorada, com margens operacionais negativas em diversos estados, ainda que os preços do milho tenham recuado ao longo de abril. “Apesar deste cenário pouco positivo, a carne de frango permanece como a menos prejudicada frente às demais proteínas de origem animal, por possuir um menor valor agregado”, avalia.

     De acordo com levantamento de SAFRAS & Mercado, no atacado de São Paulo os preços tiveram alterações para os cortes congelados de frango ao longo da semana. O quilo do peito no atacado baixou de R$ 4,90 para R$ 4,50, o quilo da coxa de R$ 4,95 para R$ 4,40 e o quilo da asa de R$ 7,20 para R$ 6,90. Na distribuição, o quilo do peito passou de R$ 5,00 para R$ 4,60, o quilo da coxa de R$ 5,05 para R$ 4,50 e o quilo da asa de R$ 7,30 para R$ 7,00.

     Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário também foi de alterações ao longo da semana. No atacado, o preço do quilo do peito passou de R$ 5,00 para R$ 4,60, o quilo da coxa de R$ 5,05 para R$ 4,50 e o quilo da asa de R$ 7,30 para R$ 7,00. Na distribuição, o preço do quilo do peito cedeu de R$ 5,10 para R$ 4,70, o quilo da coxa de R$ 5,10 para R$ 4,60 e o quilo da asa de R$ 7,40 para R$ 7,10.

     A receita diária média obtida com as exportações brasileiras de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas chegou a US$ 23,595 milhões nas três primeiras semanas de abril, entre os dias 01 e 17.

     Na comparação com a média diária de abril de 2019, de US$ 25,493 milhões, verifica-se queda de 11,54% no valor obtido diariamente pelas exportações de carne de frango.

     Com doze dias úteis contabilizados em abril até o dia 17, foram exportadas 189,160 mil toneladas de carne de frango, com receita total de US$ 283,140 milhões e um preço médio de US$ 1.496,82 por tonelada. Os dados partem da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

     O levantamento semanal realizado por SAFRAS & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil indicou que, em Minas Gerais, o quilo vivo seguiu em R$ 3,00. Em São Paulo o quilo vivo continuou em R$ 2,30.

     Na integração catarinense a cotação do frango permaneceu em R$ 2,50. No oeste do Paraná o preço se manteve em R$ 3,20. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo prosseguiu em R$ 2,70.

     No Mato Grosso do Sul o preço do quilo vivo do frango seguiu em R$ 2,90. Em Goiás o quilo vivo continuou em R$ 2,95. No Distrito Federal o quilo vivo foi mantido em R$ 3,00.

     Em Pernambuco, o quilo vivo prosseguiu em R$ 4,40. No Ceará a cotação do quilo vivo continuou em R$ 4,30 e, no Pará, o quilo vivo se manteve em R$ 4,45.

     Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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