Preço do frango volta a subir no Brasil, com procura aquecida

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     Porto Alegre, 11 de setembro de 2020 – O mercado brasileiro de carne de frango registrou preços mais altos tanto para o quilo vivo quanto para os cortes negociados no atacado e na distribuição ao longo da semana. O analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias, acredita que esse movimento de avanço nas cotações tende a ser mantido nos próximos dias, com a procura aquecida, tanto no cenário doméstico quanto externo.

     Iglesias destaca que os custos de nutrição animal ainda são uma preocupação recorrente neste momento. “O foco está nos preços do farelo de soja, em um ambiente ainda pautado pela escassez de soja e de seus derivados, muito embora a retomada no movimento de alta nos preços do milho também deixe o setor em alerta”, disse.

     De acordo com levantamento de SAFRAS & Mercado, no atacado de São Paulo os preços tiveram algumas mudanças para os cortes congelados de frango ao longo da semana. O quilo do peito no atacado passou de R$ 5,15 para R$ 5,35, o quilo da coxa seguiu em R$ 5,40 e o quilo da asa avançou de R$ 11,50 para R$ 12,50. Na distribuição, o quilo do peito subiu de R$ 5,25 para R$ 5,45, o quilo da coxa seguiu em R$ 5,50 e o quilo da asa aumentou de R$ 11,75 para R$ 12,50.

     Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário também foi de alterações nos preços durante a semana. No atacado, o preço do quilo do peito subiu de R$ 5,25 para R$ 5,45, o quilo da coxa permaneceu em R$ 5,50 e o quilo da asa passou de R$ 11,60 para R$ 12,60. Na distribuição, o preço do quilo do peito avançou de R$ 5,35 para R$ 5,55, o quilo da coxa continuou em R$ 5,60 e o quilo da asa passou de R$ 11,85 para R$ 12,80.

     As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 94,756 milhões em setembro (4 dias úteis), com média diária de US$ 23,689 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 70,040 mil toneladas, com média diária de 17,510 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.352,90.

     Na comparação com setembro de 2019, houve baixa de 8,84% no valor médio diário, avanço de 9,6% na quantidade média diária e retração de 16,83% no preço médio. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

     O levantamento semanal realizado por SAFRAS & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo passou de R$ 3,90 para R$ 4,00. Em São Paulo o quilo vivo aumentou de R$ 3,80 para R$ 4,00.

     Na integração catarinense a cotação do frango avançou de R$ 3,10 para R$ 3,25. No oeste do Paraná o preço na integração subiu de R$ 3,60 para R$ 3,75. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo teve elevação de R$ 3,60 para R$ 3,75.

     No Mato Grosso do Sul o preço do quilo vivo do frango passou de R$ 3,80 para R$ 3,90. Em Goiás o quilo vivo mudou de R$ 3,85 para R$ 3,95. No Distrito Federal o quilo vivo subiu de R$ 3,85 para R$ 3,95.

     Em Pernambuco, o quilo vivo se manteve em R$ 4,65. No Ceará a cotação do quilo vivo continuou em R$ 4,65 e, no Pará, o quilo vivo prosseguiu em R$ 4,75.

     Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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