Preços da soja devem subir no Brasil, acompanhando Chicago

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     Porto Alegre, 19 de abril de 2021 – O início da semana indica elevação nos preços da soja no mercado doméstico, acompanhando a elevação dos contratos futuros em Chicago. O ritmo dos negócios deve ser lento, com o dólar perto da estabilidade e com o produtor retraído, ainda priorizando a colheita.

     Os preços da soja oscilaram entre estáveis e mais altos na sexta, acompanhando a sinalização dos contratos futuros em Chicago. A queda do dólar, no entanto, limitou a elevação e travou a comercialização, que ficou restrita a operações de troca e fixações para 2022.

     Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos seguiu em R$ 170,00. Na região das Missões, a cotação permaneceu em R$ 169,00. No porto de Rio Grande, o preço estabilizou em R$ 176,00.

     Em Cascavel, no Paraná, o preço subiu de R$ 170,00 para R$ 172,00 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca avançou de R$ 176,00 para R$ 177,50.

     Em Rondonópolis (MT), a saca passou de R$ 165,50 para R$ 166,50. Em Dourados (MS), a cotação subiu de R$ 159,00 para R$ 160,00. Em Rio Verde (GO), a saca aumentou de R$ 161,00 para R$ 162,00.

COLHEITA

* A colheita da safra de soja 2020/21 do Brasil está em 88,2% da área total esperada até o dia 16 de abril. A estimativa parte de levantamento de SAFRAS & Mercado. Na semana anterior o índice estava em 83,3%.

* Os trabalhos estão atrasados em relação ao ano passado, quando 91,6% da safra já estava colhida, e ligeiramente atrás da média normal para o período, que é de 88,9%.

CHICAGO

* Os contratos com vencimento em julho operam com alta de 0,82%, cotados a US$ 14,34 por bushel.

* A atenção do mercado está voltada para o início do plantio nos Estados Unidos. Parte do mercado credita a alta recente a um movimento dos agentes para forçar um maior aumento na área da oleaginosa, roubando espaço do milho.

* O atraso no plantio e as temperaturas baixas são motivo de preocupação e ajudam a sustentar as cotações.

PREMIOS

* O prêmio em Paranaguá para abril ficou em +10 e +18 sobre Chicago. Para maio, o prêmio é de +30 a +35.

CÂMBIO

* O dólar comercial registra estabilidade a R$ 5,585.

INDICADORES FINANCEIROS

* As principais bolsas da Ásia encerraram firmes. Xangai, +1,49%. Tóquio, +0,01%.

* As principais bolsas na Europa registram cotações mistas. Paris, +0,31%. Londres, -0,16%.

* O petróleo opera em alta. Maio do WTI em NY: US$ 63,15 o barril (+0,03%).

* O Dollar Index registra baixa de 0,48% a 91,11 pontos.

AGENDA

– Inspeções de exportação semanal dos EUA – USDA, 12hs.

– Balança comercial do Brasil nas três primeiras semanas de abril – Ministério da Economia, 15hs.

– Condições das lavouras dos EUA – USDA, 17hs.

—-Terça-feira (20/04)

– China: O Banco do Povo da China (Pboc, o banco central do país) anuncia na noite anterior a decisão de política monetária.

– Alemanha: O índice de preços ao produtor de março será publicado às 3h pelo Destatis.

– Reino Unido: A taxa de desemprego do trimestre até fevereiro será publicada às 3h pelo departamento de estatísticas.

– Dados sobre as lavouras do Paraná – Deral, na parte da manhã.

—–Quarta-feira (21/04)

– Feriado no Brasil – Tiradentes.

– A posição dos estoques de petróleo dos EUA até sexta-feira da semana passada será publicada às 11h30min pelo Departamento de Energia (DoE).

—–Quinta-feira (22/04)

– Eurozona: A decisão de política monetária será publicada às 8h45 pelo Banco Central Europeu (BCE).

– Exportações semanais de grãos dos EUA – USDA, 9h30min.

– Esmagamento de soja nos Estados Unidos em março – NOPA, 13hs.

– Dados de desenvolvimento das lavouras argentinas – Bolsa de Cereais de Buenos Aires, 15hs.

– Relatório mensal sobre as lavouras argentinas – Ministério da Agricultura, na parte da tarde.

– Dados das lavouras no Rio Grande do Sul – Emater, na parte da tarde.

—–Sexta-feira (23/04)

– Dados do desenvolvimento das lavouras da Argentina – Ministério da Agricultura, no início do dia.

– Dados de desenvolvimento das lavouras do Mato Grosso – IMEA, na parte da tarde.

– Evolução da colheita de soja no Brasil – SAFRAS, na parte da tarde.

     Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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