Preços do boi dispararam em junho com oferta curta e Fator China

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     Porto Alegre, 03 de julho de 2020 – Os preços do boi gordo dispararam no mercado físico em junho, e continuaram subindo nos primeiros dias de julho. ” Há dois motivos que explicam toda essa situação, o primeiro deles e mais relevante é do acentuado apetite chinês no mercado internacional, comprando volumes bastante substanciais de proteína animal”, disse o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias.

    A China continua com um significativo déficit no mercado local de proteínas animais, provocado pelo surto de Peste Suína Africana (PSA) que dizimou o rebanho suíno doméstico.

    Ao mesmo tempo, no Brasil a oferta de animais terminados, prontos para o abate, segue bastante escassa, diante da ausência de incentivos para o pecuarista confinar as boiadas no primeiro giro (a decisão de confinamento no primeiro giro começa em março, período em que o mercado atingiu seu ponto de mínima no ano).

    Com isso, os preços a arroba do boi gordo na modalidade à prazo nas principais praças de comercialização do País estavam assim no dia 02 de julho:

* São Paulo (Capital) – R$ 220,00 a arroba, contra R$ 193,00 a arroba em 30 de abril, subindo 14%.

* Goiás (Goiânia) – R$ 211,00 a arroba, ante R$ 185,00 a arroba (14%).

* Minas Gerais (Uberaba) – R$ 214,00 a arroba, contra R$ 187,00 a arroba (14,4%).

* Mato Grosso do Sul (Dourados) – R$ 212,00 a arroba, ante R$ 178,00 a arroba (19%).

* Mato Grosso (Cuiabá) – R$ 200,00 a arroba, contra R$ 174,00 a arroba (+15%).

 Exportação

     As exportações de carne bovina fresca, refrigerada ou congelada do Brasil renderam US$ 655,475 milhões em junho (21 dias úteis), com média diária de US$ 31,213 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 152,476 mil toneladas, com média diária de 7,260 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.298,90.

    Na comparação com junho de 2019, houve ganho de 34,14% no valor médio diário, alta de 20,47% na quantidade média diária e avanço de 11,35% no preço médio. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

     Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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