Preços do boi gordo disparam com oferta curta e exportações

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     Porto Alegre, 19 de junho de 2020 – Os preços do boi gordo dispararam no mercado físico brasileiro nesta semana. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, os frigoríficos continuaram trabalhando com escalas de abate apertadas, enquanto a disputa por animais que cumprem os requisitos para exportação à China permaneceu acirrada, principalmente em São Paulo.   “No geral, a oferta de animais terminados segue restrita, fator que vai oferecendo um importante ponto de sustentação aos preços domésticos”, assinalou Iglesias.

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    Enquanto isso, ainda há algum otimismo em relação à demanda interna de carne bovina com o relaxamento das medidas de distanciamento social em alguns estados. “Mas o quadro segue complicado, com muitos pedidos de falência, altos índices de desemprego e de queda na renda do brasileiro médio”, ponderou. Conforme Iglesias, permanece uma tendência de aumento pontual nos preços, apoiada na expectativa de reação no consumo doméstico. Já as exportações seguem com volumes expressivos, diante de um grande apetite por proteína animal brasileira por parte da China.

     Com isso, os preços a arroba do boi gordo na modalidade à prazo nas principais praças de comercialização do País estavam assim no dia 18 de junho:

* São Paulo (Capital) – R$ 209,00 a arroba, contra R$ 202,00 a arroba em 12 de junho, subindo 3,5%.

* Goiás (Goiânia) – R$ 200,00 a arroba, ante R$ 195,00 a arroba (+2,56%).

* Minas Gerais (Uberaba) – R$ 203,00 a arroba, contra R$ 198,00 a arroba (+2,53%).

* Mato Grosso do Sul (Dourados) – R$ 200,00 a arroba, ante R$ 187,00 a arroba (+6,95%).

* Mato Grosso (Cuiabá) – R$ 183,00 a arroba, contra R$ 177,00 a arroba (+3,4%).

Exportação

   As exportações de carne bovina fresca, refrigerada ou congelada do Brasil renderam US$ 280,784 milhões em junho (9 dias úteis), com média diária de US$ 31,198 milhões, conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). A quantidade total exportada pelo país chegou a 64,491 mil toneladas, com média diária de 7,165 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.355,90. Na comparação com junho de 2019, houve ganho de 34,08% no valor médio diário, alta de 18,89% na quantidade média diária e avanço de 12,77% no preço médio.

     Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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