Preços do boi voltam a subir com escalas de abate curtas e consumo aquecido

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    Porto Alegre, 14 de fevereiro de 2020 – Os preços do boi gordo dispararam no mercado físico brasileiro na segunda semana de fevereiro, estendendo a alta da primeira semana. “Os frigoríficos iniciaram o mês com escalas de abate bastante apertadas diante da relutância dos pecuaristas em negociar com os preços ofertados”, disse o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias.

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     Segundo ele, o consumo de carne bovina acelerou com a entrada da massa salarial na economia, acentuando também a velocidade de reposição entre as cadeias atacadistas e varejistas. “Todos esses fatores somados estão fazendo o mercado ficar bastante aquecido nesta primeira quinzena de fevereiro. Já para a segunda metade do mês, o quadro deve mudar com a queda natural no consumo, típica de final de mês”, assinalou

     Os preços a arroba do boi gordo na modalidade à vista nas principais praças de comercialização do País estavam assim no dia 13 de fevereiro.

* São Paulo (Capital) – R$ 202,00 a arroba, contra R$ 199,00 a arroba em 06 de fevereiro (+1,5%).

* Goiás (Goiânia) – R$ 190,00 a arroba, ante R$ 185,00 a arroba (+2,7%).

* Minas Gerais (Uberaba) – R$ 193,00 a arroba, contra R$ 190,00 a arroba (2,6%).

* Mato Grosso do Sul (Dourados) – R$ 190,00 a arroba, ante R$ 183,00 a arroba (3,8%).

* Mato Grosso (Cuiabá) – R$ 180,00 a arroba, ante R$ 175,00 (+2,9%).

Exportações

     As exportações de carne bovina “in natura” do Brasil renderam US$ 159,7 milhões em fevereiro (5 dias úteis), com média diária de US$ 31,9 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 33,7 mil toneladas, com média diária de 6,7 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.736,20.

    Na comparação com janeiro, houve alta de 22% no valor médio diário da

exportação, ganho de 26,8% na quantidade média diária exportada e queda de 3,8% no preço. Na comparação com janeiro de 2019, houve ganho de 47,5% no valor médio diário, alta de 16,8% na quantidade média diária e ganho de 26,2% no preço médio.

     Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

     Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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