Preços do frango cedem em alguns estados, com excesso de oferta

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     Porto Alegre, 5 de fevereiro de 2021 – O mercado brasileiro de frango voltou a apresentar queda em seus preços no decorrer da semana em alguns estados. De acordo com o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias, o quadro de excedente de oferta presente no mercado segue atuando como um fator de pressão, oferecendo pouco espaço para reajustes, ainda que os custos de nutrição animal permaneçam pressionando a margem da atividade.

     Iglesias ressalta que o mercado atacadista também segue com pouco espaço para reagir, mesmo com a entrada dos salários na economia sendo um fator motivador para uma maior reposição entre o atacado e o varejo. “O cenário de oferta ainda sinaliza para dificuldades. O ponto positivo ainda é a demanda, uma vez que as proteínas concorrentes permanecem em patamar proibitivo. Em um momento de descapitalização do consumidor médio, aumenta a demanda por proteínas mais acessíveis, exatamente o caso da carne de frango”, pontua.

     De acordo com levantamento de SAFRAS & Mercado, no atacado de São Paulo os preços tiveram algumas alterações para os cortes congelados de frango ao longo da semana. O quilo do peito no atacado seguiu em R$ 6,00, o quilo da coxa baixou de R$ 5,80 para R$ 5,70 e o quilo da asa de R$ 9,80 para R$ 9,30. Na distribuição, o quilo do peito baixou de R$ 6,20 para R$ 6,15, o quilo da coxa caiu de R$ 6,00 para R$ 5,90 e quilo da asa de R$ 10,00 para R$ 9,50.

     Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário também foi modificações nos preços durante a semana. No atacado, o preço do quilo do peito seguiu em R$ 6,10, o quilo da coxa retrocedeu de R$ 5,90 para R$ 5,80 e o quilo da asa de R$ 9,90 para R$ 9,40. Na distribuição, o preço do quilo do peito baixou de R$ 6,30 para R$ 6,25, o quilo da coxa recuou de R$ 6,10 para R$ 6,00 e o quilo da asa de R$ 10,10 para R$ 9,60.

     As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 391,624 milhões em janeiro (20 dias úteis), com média diária de US$ 19,581 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 268,742 mil toneladas, com média diária de 13,437 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.457,30.

     Na comparação com janeiro de 2020, houve queda de 12,8% no valor médio diário, perda de 3,05% na quantidade média diária e retração de 10,06% no preço médio. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

     O levantamento semanal realizado por SAFRAS & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo seguiu em R$ 4,25. Em São Paulo o quilo vivo baixou de R$ 4,00 para R$ 3,90.

     Na integração catarinense a cotação do frango continuou em R$ 3,00. No oeste do Paraná o preço na integração seguiu em R$ 4,40. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo retrocedeu de R$ 4,10 para R$ 4,00.

     No Mato Grosso do Sul o preço do quilo vivo do frango seguiu em R$ 4,30. Em Goiás o quilo vivo se manteve em R$ 4,25. No Distrito Federal o quilo vivo continuou em R$ 4,25.

     Em Pernambuco, o quilo vivo seguiu em R$ 5,00. No Ceará a cotação do quilo continuou em R$ 5,00 e, no Pará, o quilo vivo prosseguiu em R$ 5,20.

     Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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