Preços do quilo do suíno vivo no Brasil declinam 21,03% em março

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     Porto Alegre, 1 de abril de 2021 – A suinocultura brasileira finalizou o mês de março amargando uma queda expressiva nas cotações do quilo vivo, que ficou em 21,03%. O fraco poder de barganha dos suinocultores em segurar as cotações frente a um quadro de demanda enfraquecida por parte frigoríficos e de custos muito elevados, puxados pelo milho, contribuiu para a queda.

     Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia, o setor sofreu com o avanço da pandemia de coronavírus pelo país, o que levou a medidas restritivas mais severas de enfrentamento, impactando o funcionamento de atividades demandantes de carne suína, como os restaurantes.

     Maia destaca que o escoamento da carne evoluiu de forma morosa em todo o mês passado, o que resultou em excedentes de oferta, uma vez que os frigoríficos atuaram de maneira cautelosa nas negociações, tentando e conseguindo trabalhar com preços mais baixos nas aquisições dos animais.

     O produtor, trabalhando com margens muito apertadas pelos custos, teve dificuldades em reter os animais por mais tempo nas granjas, realizando abates com animais mais leves ao longo de todo o mês. “O alento ao setor ficou com as exportações, que evoluíram bem ao longo de março, puxadas especialmente por compras da China”, comenta.

     Para o mês de abril, Maia entende que o período de entrada da massa salarial na economia também aparece como um fator positivo, ainda que haja um cenário de incerteza em torno do consumo interno, por conta da pandemia de coronavírus e de seus efeitos na atividade econômica do país.

     Levantamento mensal de SAFRAS & Mercado apontou que a média de preços do quilo do suíno vivo na região Centro-Sul do Brasil baixou de R$ 6,94 para R$ 5,48. A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado caiu 5,92% ao longo de março, de R$ 12,18 para R$ 11,46. A carcaça registrou um valor médio de R$ 8,31, perda de 12,21% frente ao fechamento de fevereiro, quando era cotada a R$ 9,47.

     A análise semanal de preços de SAFRAS & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo baixou de R$ 150,00 para R$ 99,00. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo caiu de R$ 6,00 para R$ 5,60. No interior do estado a cotação mudou de R$ 7,50 para R$ 5,70.

     Em Santa Catarina o preço do quilo na integração retrocedeu de R$ 6,30 para R$ 5,80. No interior catarinense, a cotação recuou de R$ 7,20 para R$ 5,40. No Paraná o quilo vivo teve queda de R$ 7,40 para R$ 5,50 no mercado livre, enquanto na integração o quilo vivo caiu de R$ 6,70 para R$ 5,75.

     No Mato Grosso do Sul a cotação em Campo Grande mudou de R$ 6,70 para R$ 4,70, enquanto na integração o preço retrocedeu de R$ 6,50 para R$ 5,50. Em Goiânia, o preço baixou de R$ 7,60 para R$ 5,60. No interior de Minas Gerais o quilo do suíno caiu de R$ 7,60 para R$ 6,00. No mercado independente mineiro, o preço passou de R$ 7,60 para R$ 6,10. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis caiu de R$ 6,00 para R$ 4,55. Já na integração do estado o quilo vivo passou de R$ 6,20 para R$ 5,50.

     Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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