Previsão de chuvas na Argentina derruba preços da soja em Chicago

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     Porto Alegre, 13 de janeiro de 2022 – Os contratos futuro da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quinta-feira com preços acentuadamente mais baixos. A previsão de chuvas para a Argentina determinou o movimento de correção. As precipitações amenizariam os impactos negativos do clima sobre o potencial produtivo daquele país.

     Os efeitos da estiagem na Argentina, Uruguai, Paraguai e sul do Brasil estão fazendo institutos e consultorias a reduzir a previsão para a safra sul-americana. Os preços em Chicago atingiram os maiores patamares em seis meses por conta deste corte previsto. Amanhã, SAFRAS & Mercado vai atualizar a sua estimativa. O número será divulgado pela Agência SAFRAS, às 12hs.

     A condição da soja na Argentina piora, devido às secas decorrentes da intensa onda de calor que atinge o país, segundo estimativas de analistas da Bolsa de Cereais de Rosario (BCR). Dessa forma, analistas reduzem a produção de soja de 48 para 40 milhões de toneladas.

     As exportações líquidas norte-americanas de soja, referentes à temporada 2021/22, com início em 1 de setembro, ficaram em 735.600 toneladas na semana encerrada em 6 de janeiro. Representa um avanço de 92% frente à semana anterior e uma retração de 1% sobre a média das últimas quatro semanas. A China liderou as importações, com 301.800 toneladas.

     Para a temporada 2022/23, foram mais 183 mil toneladas. Analistas esperavam exportações entre 400 mil e 1,6 milhão de toneladas, somando-se as duas temporadas. As informações foram divulgadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

     Os contratos da soja em grão com entrega em março fecharam com baixa de 22,00 centavos de dólar por bushel ou 1,57% a US$ 13,77 1/4 por bushel. A posição maio teve cotação de US$ 13,87 1/4 por bushel, com perda de 21,00 centavos ou 1,49%.

     Nos subprodutos, a posição março do farelo fechou com alta de US$ 7,30 ou 1,75% a US$ 408,90 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em março fecharam a 58,44 centavos de dólar, com baixa de 0,93 centavo ou 1,56%.

     Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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