Produtor retém oferta e preços do milho devem subir no Brasil

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milho

     Porto Alegre, 22 de julho de 2021 – O mercado brasileiro de milho deve ter uma quinta-feira de preços em alta no Brasil. Com novas perdas registradas nas lavouras pelas geadas, os produtores voltaram a reter as ofertas, o que favorece um movimento de forte elevação nas cotações. No cenário internacional a Bolsa de Chicago realiza lucros e opera em queda.

     Ontem (21), o mercado brasileiro de milho manteve o cenário de firmeza intensa das cotações. A oferta é limitada, com os produtores retendo o milho, ainda mais com as notícias de geadas que podem comprometer ainda mais a safrinha. Segundo o consultor de SAFRAS & Mercado, Paulo Molinari, na região Sul a situação é muito complicada. As ideias de preços vão acima de R$ 100,00 a saca de forma generalizada.

     No Porto de Santos, o preço ficou na faixa de R$ 83,00 a R$ 97,00 a saca (CIF). Já no Porto de Paranaguá, cotação entre R$ 81,00/100,00.

    No Paraná, a cotação ficou em R$ 102,00/105,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 100,00/102,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 102,00/104,00 a saca.

     No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 100,00/102,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 97,00/100,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 89,00/R$ 90,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 86,00/90,00 a saca em Rondonópolis.

CHICAGO

* Os contratos com entrega em setembro de 2021 operam com perda de 14,25 centavos em relação ao fechamento anterior, ou 2,49%, cotada a US$ 5,57 1/2 por bushel.

* O cereal realiza lucros acumulados recentemente e avalia o fraco desempenho das vendas líquidas semanais norte-americanas de milho.

* As vendas líquidas norte-americanas de milho para a temporada comercial 2020/21, que tem início no dia 1o de setembro, ficaram negativas em 88.500 toneladas na semana encerrada em 15 de julho. Representa um forte recuo frente à semana anterior e obre a média das últimas quatro semanas. O Japão liderou as compras, com 57.300 toneladas.

* Para 2021/22, foram mais 47.700 toneladas. Os analistas esperavam exportações entre 250 mil e 700 mil toneladas, somando-se as duas temporadas. As informações são do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

* Ontem (21), os contratos de milho com entrega em setembro fecharam a US$ 5,71 3/4 por bushel, estável em relação ao fechamento anterior.

CÂMBIO

*O dólar comercial registra baixa de 0,01% a R$ 5,190. O Dollar Index registra ganho de 0,05% a 92,80 pontos.

INDICADORES FINANCEIROS

* As principais bolsas da Ásia encerraram em alta. Xangai, +0,34%. Tóquio, feriado.

* As principais bolsas na Europa registram índices mais altos. Paris, +0,79%. Londres, +0,04%.

* O petróleo opera em alta. Setembro do WTI em NY: US$ 70,44 o barril (+0,21%).

AGENDA

– Dados de desenvolvimento das lavouras argentinas – Bolsa de Cereais de Buenos Aires, 15hs.

– Dados das lavouras no Rio Grande do Sul – Emater, na parte da tarde.

– Dados de produção e vendas da Petrobras no segundo trimestre, após o fechamento do mercado.

—–Sexta-feira (23/07)

– O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga às 9h os dados sobre o Indice Nacional de Preços ao Consumidor – 15 (IPCA 15) referentes a julho.

– Atualização da evolução das lavouras argentinas e relatório mensal – Ministério da Agricultura, na parte da manhã.

– Dados de desenvolvimento das lavouras do Mato Grosso – IMEA, na parte da tarde.

     Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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