Queda do dólar e de Chicago trava mercado brasileiro de soja

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soja

     O mercado brasileiro de soja deve iniciar a semana com preços mais baixos e com poucos negócios. A queda de Chicago e do dólar nas primeiras operações do dia deve manter o produtor retraído.

     Os preços subiram na maior parte das praças de comercialização do país na sexta, acompanhando a alta de Chicago pós relatório do USDA e a valorização do dólar. Houve registro de negócios principalmente na região Sul, mas com volumes moderados.

     Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos subiu de R$ 171,00 para R$ 171,50. Na região das Missões, a cotação avançou de R$ 170,00 para R$ 170,50. No porto de Rio Grande, o preço aumentou de R$ 175,00 para R$ 175,50.

     Em Cascavel, no Paraná, o preço passou de R$ 171,50 para R$ 171,00 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca baixou de R$ 176,00 para R$ 175,00.

     Em Rondonópolis (MT), a saca aumentou de R$ 169,00 para R$ 170,00. Em Dourados (MS), a cotação subiu de R$ 160,00 para R$ 161,00. Em Rio Verde (GO), a saca avançou de R$ 162,00 para R$ 164,00.

     O SAFRAS CTDI, índice de preço de soja do Brasil no mercado físico, calculado por SAFRAS & Mercado e pela China TickData, está em 225,61 pontos, com elevação de 0,43%.

CHICAGO

* Os contratos com vencimento em novembro registram baixa de 0,46% a US$ 12,80 1/2 por bushel.

* O mercado chegou a registrar ganhos mais cedo, sustentado pela demanda chinesa. Porém, perdeu força e reverteu para o território negativo, embolsando parte dos lucros acumulados na última sessão.

USDA

* O relatório de agosto do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indicou que a safra norte americana de soja deverá ficar em 4,374 bilhões de bushels em 2021/22, o equivalente a 119,04 milhões de toneladas. O mercado esperava safra de 4,363 bilhões ou 118,74 milhões. Em agosto, a indicação era de 4,339 bilhões de bushels ou 118,08 milhões de toneladas.

* A produtividade foi elevada de 50 bushels por acre para 50,6 bushels, enquanto o mercado estimava 50,3 bushels por acre.

* Os estoques finais estão projetados em 185 milhões de bushels ou 5,03 milhões de toneladas. O mercado apostava em carryover de 178 milhões ou 4,84 milhões de toneladas. No mês passado, os estoques finais estavam estimados em 155 milhões de bushels ou 4,22 milhões de toneladas.

* O USDA indicou esmagamento em 2,180 bilhões de bushels e exportação de 2,090 bilhões. Em agosto, os números eram de 2,205 bilhões e 2,055 bilhões, respectivamente.

* Em relação à temporada 2020/21, o USDA elevou a previsão para os estoques de passagem de 160 milhões de bushels para 175 milhões – de 4,54 milhões para 4,76 milhões de toneladas. O mercado apostava em número de 166 milhões de bushels ou 4,52 milhões de toneladas.

* O relatório projetou safra mundial de soja em 2021/22 de 384,42 milhões de toneladas. Os estoques finais estão estimados em 98,89 milhões de toneladas. O mercado esperava por estoques finais de 96,9 milhões de toneladas. Em agosto, o USDA indicou produção de 383,63 milhões e estoques de 96,15 milhões de toneladas.

* A projeção do USDA aposta em safra americana de 119,04 milhões de toneladas, contra 118,08 milhões do relatório anterior. Para o Brasil, a previsão é de uma produção de 144 milhões de toneladas. A safra da Argentina está estimada em 52 milhões de toneladas. As importações chinesas deverão ficar em 101 milhões de toneladas.

* Para a temporada 2020/21, a estimativa para a safra mundial ficou em 363,27 milhões de toneladas. Os estoques de passagem estão projetados em 95,08 milhões de toneladas. O mercado apostava em estoques de 92,5 milhões de toneladas.

* A produção do Brasil foi mantida em 137 milhões. Já a safra argentina ficou em 46 milhões de toneladas. A previsão para as importações chinesas foi elevada de 97 milhões para 99 milhões de toneladas.

PRÊMIOS

* Os prêmios de exportação da soja estiveram em 225 a 245 pontos acima de Chicago no final da sexta no Porto de Paranaguá, para setembro. Para outubro, o prêmio era de 225 a 238 acima. Para março do ano que vem, o prêmio estava em 22

* Os preços FOB subiram nos portos brasileiros na sexta, acompanhando a sinalização da Bolsa de Chicago. Os prêmios tiveram leve recuo, compensando a alta de Chicago. O dia foi sem reporte de operações. A comercialização no mercado físico segue limitada, com compras principalmente por parte da indústria.

CÂMBIO

*O dólar comercial registra baixa de 0,98% a R$ 5,215. O Dollar Index registra alta de 0,23% a 92,80 pontos.

INDICADORES FINANCEIROS

* As principais bolsas da Ásia encerraram firmes. Xangai, +0,33%. Tóquio, +0,22%.

* As principais bolsas na Europa registram índices em alta. Paris, +0,86%. Londres, +0,68%.

* O petróleo opera em alta. Outubro do WTI em NY: US$ 70,60 o barril (+1,27%).

AGENDA

– Inspeções de exportação semanal dos EUA – USDA, 12hs.

– Atualização dos dados de comercialização de milho, soja e algodão do Mato Grosso – IMEA, na parte da tarde.

– Balança comercial das duas primeiras semanas de setembro – Ministério da Economia, 15hs.

– Dados sobre as exportações de agosto de café do Brasil – Cecafé, 16hs.

– Condições das lavouras dos EUA – USDA, 17hs.

—-Terça-feira (14/09)

– Japão: O índice de preços ao produtor será publicado na noite anterior pelo Banco do Japão (BoJ).

– Japão: A leitura revisada da produção industrial de julho será publicada às 1h30 pelo Ministério da Economia, Comércio e Indústria.

– Reino Unido: A taxa de desemprego do trimestre até julho será publicada às 5h30 pelo departamento de estatísticas.

– Dados sobre as lavouras do Paraná – Deral, na parte da manhã.

– EUA: O índice de preços ao consumidor de agosto será publicado às 9h30 pelo Departamento do Trabalho.

—–Quarta-feira (15/09)

– China: A produção industrial de agosto será publicada na noite anterior pelo departamento de estatísticas.

– Reino Unido: O índice de preços ao produtor de agosto será publicado às 5h30 pelo departamento de estatísticas.

– Reino Unido: O índice de preços ao consumidor de agosto será publicado às 5h30 pelo departamento de estatísticas.

– Eurozona: A produção industrial de julho será publicada às 6h pela Eurostat.

– O BC divulga às 9h o índice de atividade econômica (IBC-Br) referentes a julho.

– EUA: Os dados sobre a produção industrial em agosto serão publicados às 10h15 pelo Federal Reserve.

– A posição dos estoques de petróleo dos EUA até sexta-feira da semana anterior será publicada às 11h30min pelo Departamento de Energia (DoE).

– Dados de esmagamento de soja nos EUA em agosto – NOPA, 13hs.

– Estoques de café dos EUA em agosto – GCA, 16hs.

—–Quinta-feira (16/09)

– Japão: A balança comercial de agosto será publicada na noite anterior pelo Ministério de Finanças.

– Eurozona: A balança comercial de julho será publicada às 6h pela Eurostat.

– IGP-10 de setembro – FGV, 8hs.

– Exportações semanais de grãos dos EUA – USDA, 9h30min.

– Dados de desenvolvimento das lavouras argentinas – Bolsa de Cereais de Buenos Aires, 15hs.

– Dados das lavouras no Rio Grande do Sul – Emater, na parte da tarde.

—–Sexta-feira (17/09)

– Eurozona: A leitura final do índice de preços ao consumidor de agosto será publicada às 6h pela Eurostat.

– Atualização da evolução das lavouras argentinas e levantamento mensal – Ministério da Agricultura, na parte da manhã.

– Dados de desenvolvimento das lavouras do Mato Grosso – IMEA, na parte da tarde.