Soja cai forte em Chicago com alastramento do coronavírus na China

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     Porto Alegre, 31 de janeiro de 2020 – A Bolsa de Mercadorias de Chicago vai encerrando a quinta semana de janeiro acumulando perdas em torno de 2,75% para a soja em grão, em meio ao alastramento do coronavírus na China e em outros países. O surto deve representar uma redução na demanda chinesa por grãos, frustrando a expectativa de aumento da procura do país após a assinatura da primeira fase do acordo com os Estados Unidos, no dia 15 de janeiro. A entrada de uma safra cheia no Brasil completa o quadro baixista. No acumulado do mês, as perdas giram em torno de 8%.

     Segundo a Agência CMA, o número de mortes na China causadas por infecção pelo novo coronavírus subiu para 213, ante 170 relatadas nesta quinta, de acordo com a Comissão Nacional de Saúde da China, em comunicado. O total de casos confirmados no país subiu de 7.711 para 9.692, em 31 províncias.

     Segundo as autoridades de saúde chinesas, foram reportados 1.982 novos casos, sendo 157 severos. Entre as 43 novas mortes relatadas, 42 foram na província de Hubei, onde fica a cidade de Wuhan, epicentro do surto. A outra morte ocorreu na província de Heilongjiang.

     Ontem foram divulgadas as exportações líquidas norte-americanas de soja, que ficaram na parte de baixo da estimativa dos analistas. Referentes à temporada 2019/20, com início em 1º de setembro, ficaramem 469.700 toneladas na semana encerrada em 23 de janeiro. Representa uma retração de 41% frente à semana anterior e um recuo de 11% ante à média das últimas quatro semanas. A China liderou as importações, com 360.900 toneladas.

     Para a temporada 2020/21, são mais 2.000 toneladas. Os analistas esperavam exportações entre 400 mil a 1,200 milhão toneladas, somando-se as duas temporadas. As informações foram divulgadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

     Rodrigo Ramos (rodrigo@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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