Soja cai mais de 1% em Chicago, após fala de Powell e por aversão ao risco

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     Porto Alegre, 13 de maio de 2020 – Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quarta-feira com preços mais baixos. O mercado encerrou o dia no menor patamar em uma semana, sentindo o impacto do cenário de maior aversão ao risco que tomou conta do financeiro, se estendendo às commodities.

     Durante a manhã, o depoimento do presidente do Federal Reserve (Fed), o banco central norte-americano, Jerome Powell, foi mal recebido pelos investidores. Powell traçou um quadro de demora na recuperação e na reabertura da economia americana.

     Como consequência, o petróleo caiu e o dólar subiu, acompanhando o deslocamento dos investidores para opções mais seguras. As commodities, em geral, acompanharam este caminho.

     Para completar o cenário negativo, mesmo com o anúncio de nova compra de 396 mil toneladas de soja americana pelos chineses, os operadores se mostram assustados com o recrudescimento da tensão comercial entre as duas principais economias do mundo.

     A ampliação nos estoques de passagem 2019/20 dos Estados Unidos no relatório do USDA de ontem fechou a combinação de fatores negativos para a oleaginosa.

     Os contratos da soja em grão com entrega em julho fecharam com baixa de 12,50 centavos ou 1,46% em relação ao fechamento anterior, a US$ 8,39 1/2 por bushel. A posição agosto teve cotação de US$ 8,41 1/4 por bushel, com perda de 12,25 centavos ou 1,43%.

     Nos subprodutos, a posição julho do farelo fechou com baixa de US$ 1,50 ou 0,51% a US$ 290,60 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em julho fecharam a 25,91 centavos de dólar, baixa de 0,35 centavo ou 1,33% na comparação com o fechamento anterior.

     Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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