Usinas de açúcar da Índia esperam pior safra em três anos

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    Porto Alegre, 07 de fevereiro de 2020 – A produção de açúcar da Índia na safra 2019/20 (de 01 de outubro de 2019 até 31 de janeiro de 2020) caiu 24%, totalizando 14,1 milhões toneladas, contra 18,55 milhões de toneladas no mesmo período da temporada 2018/19, disse a Associação das Usinas de Açúcar da Índia (ISMA, na sigla em inglês).

     Em comunicado à imprensa divulgado nesta semana, a ISMA destacou que a produção da temporada 2019/20 deve somar 26 milhões de toneladas, caindo cerca de sete milhões de toneladas em relação ao ano anterior.

    A queda é provocada principalmente pela desaceleração da moagem de cana-de-açúcar na região de Maharashtra, segundo maior estado produtor do país, onde os números preliminares estão 51% abaixo dos verificados no mesmo período do ano passado.

     A produção está muito abaixo dos níveis vistos no ano anterior porque as usinas locais iniciaram a moagem com atraso superior a um mês.

     Segundo a ISMA, a produção de açúcar da Índia em 2019/20 deve ser a menor em três anos, após uma seca em 2018 ter forçado produtores a reduzir a área de plantio de cana e inundações terem danificado seriamente muitos canaviais em agosto de 2019.

     Um maior direcionamento de cana para a produção de etanol também ajudará a desinchar a produção de açúcar.

Line-up

     O total de navios que aguarda para embarcar açúcar nos portos brasileiros estava em 14 na semana encerrada em 05 de fevereiro, contra 22 na semana anterior (29 de janeiro), de acordo com levantamento realizado pela agência marítima Williams Brasil. Conforme o relatório, foi agendado carregamento de 406 toneladas, ante 574 mil toneladas.

     Pelo Porto de Santos (SP) deve ser carregada a maior parte, 273.241 toneladas, ou 67% do total. Depois, aparecem o porto de Paranaguá, no Paraná (90.700 toneladas – 22%), e Suape, em Pernambuco (42.00 toneladas – 11%). A carga de açúcar a ser exportada consiste da variedade VHP (313.941 toneladas), Refinado A 45 (42.000 toneladas) e Cristal B150 (50.000 – toneladas – 8%).

     Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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