Zona do euro deve encolher 8,7% em 2020, prevê Lagarde

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     Porto Alegre, 4 de junho de 2020 – A economia da zona do euro deve encolher 8,7% este ano, ante projeção anterior, de março, de alta de 0,8%, devido aos impactos da pandemia do novo coronavírus, disse a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, em coletiva de imprensa.

     Para os anos seguintes, porém, a projeção de alta do Produto Interno Bruto (PIB) da Eurozona foi revisada para cima, passando para 5,2% em 2021, ante previsão anterior de alta de 1,3%, e para 3,3% em 2022, depois da expectativa de avanço de 1,4% divulgada em março.

     Segundo Lagarde, “a economia da zona do euro está passando por uma contração sem precedentes. Houve uma queda abrupta da atividade econômica como resultado da pandemia do novo coronavírus e das medidas para contê-lo”, com perdas severas em empregos e renda.

     Ela destacou que há “incerteza excepcional sobre as perspectivas econômicas”, e que mesmo que alguns dados recentes tenham sugerido que o fundo do poço já chegou, “a melhoria foi até agora morna em comparação com a velocidade com que os indicadores despencaram nos dois meses anteriores”.

     A presidente do BCE destacou que a pandemia e as medidas de contenção afetaram amplamente a indústria e o setor de serviços da eurozona, bem como o mercado de trabalho, e que a contração do PIB deve continuar no segundo trimestre deste ano.

     “Prevê-se que a atividade da zona do euro recupere no terceiro trimestre, à medida que as medidas de contenção forem mais flexíveis, apoiadas por condições favoráveis de financiamento, uma orientação fiscal expansionista e uma retomada da atividade global, embora a velocidade e escala gerais da recuperação continuem altamente incertas”, disse.

     Por fim, ela destacou que “a extensão da contração e a recuperação dependerão crucialmente da duração e da eficácia das medidas de contenção, do sucesso das políticas para mitigar o impacto adverso sobre a renda e o emprego e até que ponto a capacidade de oferta e a demanda doméstica são permanentemente afetadas. No geral, o Conselho do BCE vê o balanço de riscos em torno da projeção de base inclinadas para o lado negativo”. As informações são da Agência CMA.

     Revisão: Rodrigo Ramos (rodrigo@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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